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Liderar é motivar!

Guarulhos, 03 de setembro de 2007

No meu livro “Administrar, Hoje” (Editora Harbra,15ª Edição) escrevi um capítulo chamado “Precisa-se de um Chefe” em que eu digo que “Chefes fracos, moles, com baixo teor de exigência com relação a seus subordinados estão desmotivando os empregados.”  E tenho continuado a notar este sério problema na empresa brasileira. Os chefes atualmente estão tímidos no exercício inalienável de sua função de liderar.  Vêem o erro e fingem não tê-lo visto. Constatam a desídia e cegam a própria consciência.

Esse relaxamento no cumprimento das funções de liderar está levando a uma profunda desmotivação entre os empregados. Não são poucos aqueles que vendo a completa ausência de reforço positivo pelo trabalho bem feito e a não-punição da negligência, desinteressam-se pelo auto-aperfeiçoamento e auto-exigência e disciplina. O ser humano precisa de desafios constantes que o levem a superar-se constantemente e precisa de modelos nos quais possa se espelhar. Os mais próximos modelos são os pais, professores e chefes.

Na ausência de líderes, o homem se torna fraco, abúlico. Sem desafios, o homem se transforma num alcoólatra do ócio. É preciso reeditar aqueles chefes/líderes que eram respeitados, queridos, verdadeiros mestres, enfim, verdadeiros líderes.

O conceito de “chefe” hoje está mudando para o conceito de “coach” que em português significa “treinador” – “Coach”  é o nome que os ingleses dão aos técnicos de um time. O “coach” é aquele que acompanha, que insiste em alta performance, que acompanha o time, que conhece cada um dos “jogadores” e trabalha individualmente com cada um ao mesmo tempo que faz com que todos tenham consciência de equipe. Num time, cada um dos indivíduos com as suas características individuais e aptidões é fundamental. Porém, se cada um jogar sozinho, o time não vencerá. Assim, uma das grandes tarefas do líder-coach é fazer a necessária integração entre o individual e o coletivo. O coletivo na empresa é o seu mercado, seus clientes, seus objetivos. Para marcar o “gol” tanto é necessária a competência individual quanto a habilidade coletiva.

Gostaria que você fizesse, como chefe, um exame de consciência e se perguntasse:

(a) Deixo claro aos meus subordinados o que espero deles?

(b) Sou firme e decidido e exijo o máximo de meu pessoal?

(c) Quando vejo algo fora dos padrões de excelência, imediatamente chamo os responsáveis e, com eles, revemos se todos entenderam os objetivos e tarefas e os da empresa?

(d) Tenho sempre a intenção de ser “justo” ao invés de ser “bonzinho”?

Pense nestas perguntas. Leve seu pessoal, que tem subordinados, a também pensar nelas. O que precisamos é de verdadeiros líderes que possam levar as pessoas a vencer seus próprios desafios e limites sem esquecer o coletivo, a harmonia, o “passar a bola” para que o outro marque o tão esperado gol e todo o time saia vencedor.

Pense nisso. Sucesso!