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All Star: fabricante perde marca

Guarulhos, 07 de maio de 2007

Os lojistas que comercializam calçados da tradicional marca All Star produzidos pela Artigos Esportivos Ltda passarão a receber notificações solicitando a remoção desses produtos do mostruário. Isso deve ocorrer porque a Converse Inc, empresa norte-americana criadora daquela marca, conseguiu, depois de 34 anos, derrubar liminares que permitiam à Artigos Esportivos produzir e vender os calçados no Brasil.

Estima-se que 700 lojistas vendam os produtos considerados irregulares pela Justiça, concentrados principalmente em São Paulo e na região Nordeste do País. Esses lojistas devem ser notificados dentro de 20 dias. Caso não suspendam as vendas, poderão ter as mercadorias apreendidas, segundo a cooperativa Coopershoes, única licenciada pela Converse Inc a produzir no Brasil os tênis da marca All Star.

Blitzes – Hoje, segundo o diretor da Coopershoes, Altamir Breda, 8% do mercado de All Star são ocupados por calçados produzidos pela Artigos Esportivos. “Começaremos a fazer blitzes para identificar também outros calçados falsificados. Ainda não temos números do tamanho desse mercado pirata de All Star, mas ele existe”, diz Breda.

Duas decisões foram publicadas no Diário Oficial em abril com pareceres favoráveis à Converse Inc. Uma delas proibiu os tênis All Star de serem produzidos e comercializados pela Artigos Esportivos (resp 903354/RJ) e outra se refere à nulidade dos registros para a marca, que se encontrava em nome da mesma empresa (resp 703754/RJ).

História – Os calçados da Artigos Esportivos são fabricados e distribuídos no Brasil há 34 anos. As ações na Justiça movidas pela Converse Inc, na tentativa de barrar essa produção paralela, se fortaleceram em 2002, quando a Coopershoes foi autorizada a produzir no Brasil o calçado esportivo Converse All Star.

Esta marca foi criada em 1917 para tênis profissional de basquete – e se tornou uma referência para os jovens em todo o mundo. Em 2003, por problemas financeiros, a Converse foi comprada pela Nike por US$ 305 milhões.