Inadimplência nas empresas cai 8,7% de janeiro a maio
Os índices de inadimplência estão em queda. No acumulado de janeiro a maio deste ano, o percentual de empresas que não conseguiram honrar seus compromissos financeiros caiu 8,7% e o volume de títulos protestados ficou 6% menor. Os dados são do Instituto de Economia “Gastão Vidigal”, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base nos serviços de consultas de vendas a vista no cheque (Usecheque) e crédito (SCPC).
No caso das pessoas físicas, a falta de pagamento teve queda de 5,2%. O valor médio dos carnês em atraso, passou de R$ 820,52, nos primeiros cinco meses de 2003, para R$ 837,55 no mesmo período deste ano. Um aumento nominal de apenas 2,4%, bem abaixo da inflação. Na avaliação do economista Marcel Solimeo, da ACSP, esta queda indica que os consumidores estão mais controlados, tendo em vista o poder de compra cada vez mais reprimido.
Juros – “O panorama geral da economia está melhor do que no ano passado, quando os juros (Selic) estavam em 26,5%, o que se reflete na recuperação do crédito e na queda da inadimplência, tanto no cheque e quanto nos títulos protestados”, lembra Solimeo. De janeiro a maio, o índice de inclusões nos cadastros negativos caiu 3,7%.
A ACSP ressalta que a diminuição dos índices de inadimplência resulta de um esforço comum, promovido por lojas, instituições de proteção do crédito e consumidores no sentido de ampliar prazos de pagamentos e promover a renegociação de dívidas atrasadas para evitar a consequente exclusão do crédito.
Tsuli Narimatsu