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Administrar estoques é o desafio

Guarulhos, 21 de outubro de 2003

ArteA década de 90 foi um período que pode ser considerado como divisor de águas na história brasileira do setor têxtil. Além das conseqüências da abertura comercial, que afetou fortemente o mercado, a estabilidade econômica alterou profundamente as formas de gestão das empresas.

De acordo com o consultor da área de marketing e moda, Silvio Chadad, antes os empresários ganhavam dinheiro com aplicações financeiras e os estoques funcionavam como operações de proteção. Com a estabilização, estes instrumentos deixaram de existir e algumas empresas estão até hoje tentando acertar o passo. Para agravar ainda mais a situação, teve inicio a era da informação, que escancarou e potencializou a concorrência.

Hoje, de acordo com Chadad, os mesmos estoques guardam o segredo de empresas eficientes e lucrativas, mas o esforço é para que sejam os mais reduzidos possível. O desafio delas agora é conseguir uma competência cada vez maior na sintonia entre expectativas de vendas e os resultados concretos, porque isto determina o tamanho dos depósitos e por conseqüência as margens de lucro. A estratégia é trabalhar com pequenas quantidades estocadas, realizar um planejamento da produção e buscar as informações que possam ajudar nestas previsões.

Outra tendência que deve ser seguida pelas empresas, na sua opinião, é a eliminação da sazonalidade das coleções. Para ele, as substituições de peças tem que ser constantes, pois são as novidades que alavancam as vendas. “O que ajuda é o novo, mudar sempre, trocar vitrine”, argumenta. “É preciso ter mais variedade e menos quantidade.”