Febraban analisa adoção de padrões para Certificação Digital
Com a realização diária de 350 mil mensagens pelo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), confirma-se o avanço do padrão brasileiro de certificação digital e a resolução da questão tecnológica que envolve o caso.
A certificação digital é uma assinatura eletrônica com base em criptografia, que possui uma chave pública e outra privada.
Recentemente, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) concluiu uma série de resoluções para orientar o mercado financeiro na adoção segura de processos de assinatura digital em suas transações eletrônicas.
Atualmente, cerca de 20 instituições financeiras já usam a certificação digital fora do SPB, em maior ou menor grau, sendo que as mais avançadas no uso são Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BankBoston, ABN Amro Bank, Citibank e Banco Santos.
Em entrevista para a Revista Executivos Financeiros, o coordenador da subcomissão de novas tecnologias da Febraban, Maurício Ghetler, comenta que o ponto que precisa ser aperfeiçoado é a infra-estrutura interna para conviver a certificação digital.
“Os bancos que utilizam plataforma baixa têm mais facilidade para implantá-la e os maiores riscos estão no não uso deste instrumento que combate fraudes e promove as melhores práticas no mercado financeiro”.
Para o executivo, independente do SPB, tal tendência iria ser marcada, mas “a atitude audaciosa do Bacen”, mostrando que era possível fazer, foi de grande importância para iniciar este movimento.
As principais recomendações da Febraban dizem respeito a garantias de interoperabilidade entre certificados, cartões e leitores para não haver confusão no uso das assinaturas digitais em um momento em que cada uma das aproximadamente 170 instituições financeiras têm projetos de certificação digital.
A Febraban vêm indicando um modelo básico de padrões e procedimentos que visa possibilitar o intercâmbio de certificados e de documentos assinados digitalmente.