Comércio exterior: Promoção terá esforço conjunto
“Vamos mapear as interferências e a sobreposição de atividades entre os órgãos e discutir a necessidade de aprofundar certos planos estratégicos”, informou o presidente da Agência de Promoção às Exportações (Apex), Juan Quirós. Será realizada uma reunião com técnicos dos Ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Banco do Brasil, BNDES, Sebrae e da Apex.
Segundo Quirós, o grupo definirá a competência de cada órgão na área de promoção comercial. “Estamos dispostos a realizar um esforço comum, trabalhar em conjunto e focar as nossas energias e recursos em alvos pré-determinados”, garantiu.
O diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, embaixador Mário Vilalva, informou que será criado o Comitê Gestor da Promoção Comercial, formado pelos órgãos que participarão da reunião. “Os ministros irão traçar o plano de trabalho na área de promoção comercial. A partir de agora teremos decisões colegiadas dos ministros e ações integradas dos respectivos órgãos”, disse o embaixador.
– Até o momento havia uma descoordenação. A gente sempre imaginou que se tivesse metas comuns e ações integradas poderíamos maximizar os resultados e otimizar os recursos. Este é um sonho antigo que está se materializando – explicou.
O discurso parece afinado. O embaixador e o presidente da Apex, Juan Quirós, não vêem dificuldades em administrar as vaidades. “Temos que pensar grande. Não temos tempo para perder. Temos muitas ações que precisam ser formatadas e a nossa única chance é trabalhar em equipe”, afirmou. “Uma vez que o presidente da República deixou claro que exportar é prioridade para o País, porque não temos outra saída a não ser gerar divisas, o que os outros pensam não vale muito”, disse Vilalva.
Recursos privados
O presidente da Apex e o diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty consideram o êxito da política de promoção comercial essencial para atrair recursos privados. “É preciso que os empresários acreditem no grupo que cuida de promoção comercial para começarem a investir nessa área”, defendeu o embaixador. “Precisamos de mais recursos. Por isso, advogo que não podemos depender de recursos orçamentários. É preciso a participação dos empresários”, disse Vilalva.
De acordo com Quirós, os recursos privados virão à medida que o Governo conseguir mostrar os resultados da sua política de promoção comercial. “O retorno das ações trará um ciclo virtuoso”, defendeu.
Os dois estiveram juntos ontem por quase três horas discutindo promoção comercial. A Apex conta com um orçamento de R$ 198 milhões este ano. O Itamaraty tem apenas R$ 7 milhões para manter 53 setores de promoção comercial nas embaixadas brasileiras no exterior.
