Diesel terá aumento de preço
O aumento nos preços dos combustíveis, que está sendo esperado pelo mercado para 1º de fevereiro, pode se concentrar no óleo diesel.
De acordo com levantamento do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE) o preço do diesel no mercado interno apresenta uma defasagem de 8% em relação ao negociado no mercado internacional. A gasolina, em contrapartida, está 14% mais cara no Brasil do que no exterior, se considerada a paridade de frete dos dois produtos.
“Há uma margem para a Petrobrás aumentar o preço do diesel, mas nada indica que este seja o porcentual ou mesmo qual será a regra do novo governo para os demais derivados que não têm impacto direto na inflação”, afirma Adriano Pires, diretor do CBIE.
Ele não vê, entretanto, “muita lógica” em reduzir o preço da gasolina no mercado interno, repassando a diferença existente em comparação com o mercado internacional. “É melhor esperar mais algumas semanas até que o cenário internacional, principalmente em decorrência de uma possível guerra no Iraque, se defina para que haja uma maior estabilização nos preços do barril de petróleo e, aí sim, haja consenso sobre o preço a ser praticado no país”, comenta Pires.
Segundo ele, os preços da gasolina no mercado interno só estão acima dos níveis do mercado internacional por conta da redução do valor do dólar nas primeiras semanas de janeiro. “Se o dólar se recuperar e enveredar por uma alta contínua, não haverá a menor possibilidade de segurar esta disparidade”.
Para o ex-diretor da Petrobrás e do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas Gomes, a estatal terá de repassar logo qualquer reajuste.