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O momento certo para mudar de investimentos

Guarulhos, 16 de dezembro de 2002

arteSão tempos de oscilação no mercado. O dólar cai e dispara em ritmos incompreensíveis, a Bolsa de Valores alterna momentos de euforia com depressões aparentemente intermináveis e as seguidas altas na taxa de juros parecem tão incontroláveis quanto inevitáveis. Com um cenário tão confuso, todo investidor tem dúvidas sobre o melhor momento para liqüidar sua posição em algum investimento e tentar o lucro com outro tipo de aplicação.

Geralmente, hesitações quanto ao próximo passo nas aplicações surgem em momentos de elevada volatilidade e nervosismo no mercado. Entretanto, turbulências em determinado tipo de investimento nunca devem ser motivo suficiente para apostar em mudanças. A mudança deve ser analisada com tanto cuidado e atenção quanto a decisão de aplicar em um novo investimento. Portanto, a venda é tão importante quanto a compra.

Baixa performance

A definição de baixo retorno ou performance depende do tipo de aplicação. Se existe uma forte preocupação quanto à volatilidade (risco) do investimento escolhido, recomenda-se uma análise preliminar do histórico para saber se está dentro da expectativas do investidor. O investidor deve ficar atento, pois alta volatilidade no curto prazo está geralmente associada com elevados retornos no longo prazo. Portanto, deve-se ter certeza de que não está saindo de um investimento com elevado potencial em função de uma volatilidade fora de suas expectativas.

Comparar o retorno do investimento com um “benchmark” adequado (fundos DI com CDI, fundo de ações ativo com Ibovespa ou IBX, etc). Por último, é importante comparar o retorno do investimento com outras alternativas de mesmo risco. Estas comparações devem ser realizadas em períodos diferentes com o objetivo de observar consistência nos resultados.

Mudanças de objetivos pessoais

É muito comum realizar realocações nos investimentos em função de mudanças de objetivos e metas financeiras no curto, médio e longo prazo. Ou mesmo, em situações de desequilíbrio orçamentário que exigem ajustes no curto prazo ou meramente mudanças normais resultantes da passagem do tempo. Por exemplo, ao longo do tempo, investimentos mais arriscados podem crescer mais do que os conservativos, gerando um novo balanceamento nos investimentos de forma passiva. Também, quanto mais o investidor se aproximar de suas metas, o seu horizonte de tempo diminui e buscará provavelmente um mix de investimentos mais conservativo.

Ansiedade

Se o investimento está causando um certo desconforto, o investidor deve ter tranqüilidade para escolher o melhor momento de vender e mudar para outras alternativas. Em qualquer carteira pessoal de investimento, e em qualquer período aleatório, sempre existirá um investimento melhor do que outro e um pior do que este.