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Brasil espera acordo entre Mercosul e Pacto Andino

Guarulhos, 05 de dezembro de 2002

O Ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, afirmou que acredita na assinatura de um acordo quadro entre o Mercosul e os países da Comunidade Andina durante a reunião de Cúpula do Mercosul que começa nesta quinta-feira (5) em Brasília. Além de autoridades dos quatro países membros do Mercosul, o encontro contará com a presença de representantes da Bolívia, da Colômbia, do Equador, do Peru e da Venezuela, nações que formam a Comunidade Andina. “O comércio entre os blocos é importante e precisa ser ampliado”, afirmou o ministro.

O acordo estabeleceria as regras e o cronograma de trabalho para o fechamento de um acordo de livre comércio entre Mercosul e Comunidade Andina. Segundo Lafer, o fechamento do acordo agora é importante por causa da agenda que estabelece o início do Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca) para 2005.

– Precisamos dos anos 2003 e 2004 para que as relações entre Mercosul e a Comunidade Andina sejam fortalecidas – destacou Lafer. Segundo ele, a união vai ser válida para as negociações com a Alca.

O ministro participou do Seminário de Reflexão Prospectiva sobre o Mercosul com representantes da Argentina, Paraguai e Uruguai. Durante o encontro, foram discutidas propostas que serão apresentadas durante a Cúpula de Brasília, a última a ser realizada com o Brasil na presidência do bloco.

A criação de uma secretaria técnica foi apontada por Lafer como uma das importantes medidas a serem tomadas pelos quatro países membros do Mercosul. Segundo ele, já existe uma secretaria administrativa que cuida principalmente das questões burocráticas. “A secretaria técnica é um dever de todos nós, já que dará apoio às negociações. Espero poder anunciá-la na Cúpula”.

Outra das propostas apresentadas durante o seminário foi a redução da lista de produtos que não pertencem à Tarifa Externa Comum (TEC), além da criação de formas comuns de controle fitosanitário para os países do Mercosul. “São regiões que, por serem vizinhas, permitem o contágio de doenças”, disse o ministro.

Luciane Carneiro