Setor farmacêutico discute reajuste
O setor farmacêutico iniciou entendimentos com o PT para evitar que um megarreajuste dos preços dos medicamentos, represado pelo atual governo, se transforme num problema político e econômico logo após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Os preços dos remédios estão controlados desde dezembro de 2000 por uma medida provisória articulada pelo então ministro da Saúde, José Serra, candidato do PSDB derrotado nas últimas eleições presidenciais.
Ao longo deste ano, o setor farmacêutico, muito dependente de matéria-prima importada, vem pressionando o governo Fernando Henrique Cardoso por um reajuste que compense a disparada do dólar. De acordo com cálculos da Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica), será necessário um reajuste de pelo menos 18%, em média, para recompor os preços. A medida provisória do governo expira no próximo mês.
Segundo a Folha apurou, já houve contatos preliminares entre interlocutores do PT e da Febrafarma. O coordenador da transição pelo PT, Antônio Palocci Filho, que é médico, considera o tema um dos mais importantes na preparação do governo Lula.
GustavoPatú