9% dos produtos são falsificados
O comércio mundial de mercadorias falsificadas chega a US$ 450 bilhões anuais, o que representa 9% dos os produtos vendidos, razão pela qual é preciso lançar uma campanha internacional de combate a este problema, segundo especialistas internacionais que se reuniram nesta segunda (27), em Davos.
O embaixador americano Stuart Eizenstat explicou que, segundo um relatório da Interpol, uma parte significativa das receitas obtidas com a comercialização de produtos falsificados acaba nas mãos de redes criminosas que se dedicam ao tráfico de drogas ou ao terrorismo, como a Al Qaeda e o Hezbollah.
Por essa razão, os especialistas que participaram de uma sessão do Fórum de Davos dedicado a este problema mostraram-se de acordo com a necessidade de que seja criada uma coalizão internacional na qual devem estar implicados tanto os Governos como a indústria e os consumidores.
Os participantes, que defenderam a elaboração de um estudo detalhado sobre a extensão e os efeitos do comércio de mercadorias falsificadas, também pediram aos Governos o aumento da perseguição judicial dos responsáveis e a preparação dos consumidores para que distingam produto falsificado.
A venda de falsificações não só tem um efeito negativo na economia como representa um risco para a saúde dos consumidores quando trata-se da comercialização de remédios, alimentos ou outros produtos que podem ser perigosos, como baterias ou componentes elétricos.