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3° round volta ao esquema de ataques

Guarulhos, 24 de outubro de 2006

Diário do ComércioPior para o eleitor: o terceiro debate entre os candidatos à Presidência da República, que como os anteriores deveriam trazer à tona os programas de governo de ambos para uma melhor avaliação pelos telespectadores, voltou a pecar pela falta de um padrão claro de exposição de idéias. Entre o tom mais agressivo do primeiro round – em que o tucano assumiu a iniciativa das acusações – e a falta de empolgação do segundo – no qual os dois adversários protagonizaram um confronto morno e sem uma definição do que pretendiam, afinal, apresentar ao eleitorado para a sua escolha – o debate organizado pela Rede Record de Televisão, Rádio Record e Portal Terra exibiu algo mais ou menos esperado: ataques um pouco mais apimentados e mesclados, quando isso fosse possível, a uma amostragem desordenada de números, ao sabor das oportunidades. Resultado: um conflito de ingredientes cuja digestão, pelo telespectador, ficaria sujeita à compreensão de cada um.

No primeiro dos cinco blocos, com perguntas de Lula para Alckmin e vice-versa, sobraram provocações dos dois lados. Alckmin, por exemplo, acusou Lula de instituir o “Bolsa Banqueiros”, já que o petista teria facilitado a vida deles. E Lula acusou Alckmin de engavetar 61 CPIs durante seu governo. E como não poderia faltar, o tucano indagou sobre a origem dos recursos para comprar o dossiê Vedoin.

No segundo bloco tentaram discutir por que o ritmo das obras do governo de São Paulo diminuiu – e assim por diante. A novidade só veio mesmo no terceiro bloco, quando jornalistas elaboraram as perguntas. Confrontados, ambos reagiram com evasivas ou recorreram às astúcias próprias de aspirantes ao poder e da melhor maneira possível de se livrar do desembaraço. Coube, então, a quem assistiu, ponderar melhor sobre o desempenho que teriam, caso vencessem.