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2,7 milhões de MPEs em 2015

As micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas vão mais que duplicar até 2015. Nos três segmentos da economia – indústria, comércio e serviço –  serão 2,7 milhões de empreendimentos, segundo o consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), Pedro Gonçalves.

Ele afirma que essa previsão deverá se concretizar se iniciativas como a criação de linhas de crédito especiais, a exemplo do Programa Crescer, da Caixa Econômica Federal (CEF), continuarem a ser adotadas no curto e médio prazos.
 
As micro e pequenas empresas que atuam no comércio paulista somam 1,1 milhão, enquanto as de serviços e as indústrias totalizam 778 mil e 225 mil, respectivamente.
 
Elas, que representam 98% dos empreendimentos de São Paulo e 20% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o consultor, foram as responsáveis pela manutenção de postos de trabalho e pela consequente contribuição para a superação dos percalços ocorridos durante a crise financeira internacional iniciada em 2008.
 
Entre as MPEs paulistas, o comércio representa 52% dos empreendimentos, com estabilidade desde o início dos anos 2000. O segmento foi estimulado pela expansão das cidades em todo o Estado. Os campos de atuação de maior destaque são os  vestuário, minimercados e mercearias na alimentação, além do varejo de materiais de construção.
 
A estimativa é de que ele mantenha essa participação em 2015. Nos serviços, houve crescimento desde o começo desta década, passando de 33% para 37% em 2010, com concentração em empreendimentos como restaurantes, lanchonetes, transporte e serviços prestados por profissionais liberais. Eles atingirão 39% em 2015. Já a indústria registrou declínio de 14% no ano 2000 para 11% no ano passado, com previsão para situar-se em 9% daqui a quatro anos.
 
Quanto ao faturamento médio mensal, houve evolução que variou em taxas mensais de 0,3% a 12,6% entre janeiro de 2007 e janeiro de 2008. Já a partir de janeiro de 2009, com a chegada da crise internacional iniciada nos Estados Unidos em setembro de 2008, houve forte retração de 16,5%. Em setembro do mesmo ano, o recuo foi de 5,3%.
 
A partir do último trimestre registrou-se expressiva recuperação e, em janeiro de 2010, o avanço foi de 6,5%, com o estímulo da criação de postos de trabalho e do consumo no mercado interno. Esses fatores continuaram contribuindo para o desempenho positivo das micro e pequenas empresas e, em julho, elas faturaram 5,3% mais que em igual mês de 2010.
 
Rumos – Para corrigir falhas de planejamento e atuação diária, o empreendedor precisa levar em conta a evolução do mercado e o contexto econômico em que atua. Por isso, o gerente de inteligência do Sebrae, Emerson Vieira, ressalta que as transformações que o advento da internet, do e-commerce e das redes sociais trouxeram são essenciais para a sobrevivência dos empreendimentos de todos os portes.
 
“A busca por nichos de atuação é um caminho para os micro e pequenos empreendedores que exige pesquisa”, explica Vieira.

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