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2015: domínio do e-commerce e do sem fio

Guarulhos, 02 de julho de 2007

Como ficará nos próximos anos um mundo no qual as descobertas tecnológicas avançam tão rapidamente que as invenções de cinco anos atrás já estão obsoletas? O jornalista Ethevaldo Siqueira, especializado em tecnologia, expôs essa questão na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em palestra intitulada “Como viveremos em 2015”

Será o mundo do e-commerce e da tecnologia wireless, resumiu. Não mais existirão os fios e cabos usados atualmente e o armazenamento de dados e a nanotecnologia se desenvolverão amplamente. Mas a telefonia fixa não vai desaparecer, embora passe a utilizar os cabos do futuro, de fibra ótica. A própria tecnologia sem fio será substituída por outras, mais avançadas.

Siqueira lembrou o avanço brutal do e-commerce no Brasil e as possibilidades de expansão ainda maior com a adoção de tecnologias como as fibras ópticas. O que não mudará, com certeza, segundo ele: nenhuma tecnologia conseguirá ensinar a ética e nada substituirá o professor. Siqueira diz que o ser humano estará preparado para a corrida tecnológica se não esperar que ela substitua valores éticos, humanos e culturais.

Evolução — O presidente da ACSP, Alencar Burti, ressaltou, na abertura do evento, a importância da disseminação de informações sobre todos os avanços que o mundo presencia, não só no campo da tecnologia, mas em todas as áreas do conhecimento humano. “Quem quer ter direito ao presente tem que prospectar o futuro. Todos aqui estão sempre atentos à evolução do mundo da informática”, disse.

Siqueira iniciou a palestra lembrando que muitos dos ouvintes nasceram no mundo analógico e tiveram que se adaptar quando ele se transformou em digital.

Destacou que, há 30 anos, não havia uma plataforma tecnológica para oferecer todos os dados que existem hoje à disposição das pessoas. “Naquela época era impossível imaginar um portal de e-commerce como o Amazon.com”, disse.

O palestrante citou o avanço da telefonia no Brasil. “A telefonia fixa cresceu 6% ao ano na década de 1990, enquanto o celular registrou avanço de 52% e a internet, de 82%.”

Disse que o e-commerce movimentou, no País, US$ 5,7 bilhões em 2002 e que fechou 2006 com o total de US$ 33,4 bilhões, apesar da resistência cultural que ainda enfrenta.