2015: domínio do e-commerce e do sem fio
Como ficará nos próximos anos um mundo no qual as descobertas tecnológicas avançam tão rapidamente que as invenções de cinco anos atrás já estão obsoletas? O jornalista Ethevaldo Siqueira, especializado em tecnologia, expôs essa questão na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em palestra intitulada “Como viveremos em 2015”
Será o mundo do e-commerce e da tecnologia wireless, resumiu. Não mais existirão os fios e cabos usados atualmente e o armazenamento de dados e a nanotecnologia se desenvolverão amplamente. Mas a telefonia fixa não vai desaparecer, embora passe a utilizar os cabos do futuro, de fibra ótica. A própria tecnologia sem fio será substituída por outras, mais avançadas.
Siqueira lembrou o avanço brutal do e-commerce no Brasil e as possibilidades de expansão ainda maior com a adoção de tecnologias como as fibras ópticas. O que não mudará, com certeza, segundo ele: nenhuma tecnologia conseguirá ensinar a ética e nada substituirá o professor. Siqueira diz que o ser humano estará preparado para a corrida tecnológica se não esperar que ela substitua valores éticos, humanos e culturais.
Evolução — O presidente da ACSP, Alencar Burti, ressaltou, na abertura do evento, a importância da disseminação de informações sobre todos os avanços que o mundo presencia, não só no campo da tecnologia, mas em todas as áreas do conhecimento humano. “Quem quer ter direito ao presente tem que prospectar o futuro. Todos aqui estão sempre atentos à evolução do mundo da informática”, disse.
Siqueira iniciou a palestra lembrando que muitos dos ouvintes nasceram no mundo analógico e tiveram que se adaptar quando ele se transformou em digital.
Destacou que, há 30 anos, não havia uma plataforma tecnológica para oferecer todos os dados que existem hoje à disposição das pessoas. “Naquela época era impossível imaginar um portal de e-commerce como o Amazon.com”, disse.
O palestrante citou o avanço da telefonia no Brasil. “A telefonia fixa cresceu 6% ao ano na década de 1990, enquanto o celular registrou avanço de 52% e a internet, de 82%.”
Disse que o e-commerce movimentou, no País, US$ 5,7 bilhões em 2002 e que fechou 2006 com o total de US$ 33,4 bilhões, apesar da resistência cultural que ainda enfrenta.