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Pesquisa aponta recorde de otimismo do consumidor brasileiro

Guarulhos, 14 de dezembro de 2009

O otimismo do consumidor brasileiro bateu recorde ao atingir, em dezembro, o maior nível da série histórica da pesquisa Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgada na sexta-feira, 11, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Elaborada a partir de 2.002 entrevistas em 143 municípios, a pesquisa mostrou que o INEC superou os níveis pré-crise, ao subir 1,5% ante o trimestre anterior, a terceira alta consecutiva no ano. O indicador atingiu 117,2 pontos, o maior nível desde
2001, quando a série foi iniciada.

São duas as explicações para o comportamento do índice. “De uma forma geral, o INEC cresce em dezembro, porque reflete o otimismo das pessoas com o ano que está por começar”, explicou Renato da Fonseca, gerente-executivo de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI. Além disso, complementou, o maior otimismo também vem do fato de os efeitos da crise terem sido menos intensos do que o esperado.

O INEC é composto de seis variáveis. Nesta edição, o índice subiu porque três delas tiveram altas mais fortes do que as três que registraram queda. As expectativas com a renda pessoal, situação financeira e intenção de compras de bens de maior valor foram as que levaram o INEC a crescer. Na outra ponta, o endividamento e as expectativas de inflação e de desemprego tiveram piora nos índices, impedindo que o INEC subisse mais.

A expectativa com a renda pessoal foi o ponto alto da pesquisa, destacou Renato da Fonseca. Esse indicador subiu 5,1% ante o terceiro trimestre, de 113,8 pontos para 119,6 pontos e atingiu o maior nível desde o início da série histórica. “Parte do otimismo vem do fato de a crise não ter tido efeitos tão graves quanto o esperado, sobretudo para quem trabalha em outros setores que não a indústria”, afirmou.

O consumidor que respondeu a pesquisa também apontou para uma melhora da situação financeira. O indicador passou de 114,5 pontos no terceiro trimestre para 117,4 pontos no quarto, uma alta de 2,5%. Esses dois aumentos combinados justificam o crescimento da intenção de compras de bens de maior valor. Esse indicador subiu 4,5%, de 112,1 pontos no terceiro
trimestre para 117,1 pontos no quarto.

A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 30 de novembro.