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Comércio espera mamãe

Guarulhos, 12 de abril de 2007

O varejo já se prepara para o Dia das Mães e manifesta expectativa de crescimento das vendas. As projeções do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) indicam aumento de 5% no movimento do comércio sobre igual período de 2006. Já os shopping centers estimam expansão de 8% e há quem aposte em faturar mais 15%, se o clima ajudar.

É o caso da Zêlo, rede de 27 lojas dedicadas à venda de artigos de cama, mesa e banho, que estréia nesta terça-feira nos pontos-de-venda – e na próxima sexta-feira na TV Globo – uma campanha especial para o Dia das Mães – “A Zêlo realiza seu sonho”.

O diretor da rede, Mauro Razuk, espera faturar de 10% a 15% a mais no período (sobre 2006). “Se fizer frio, eu garanto que será 15%. O inverno é a melhor época do ano para nós”, explica. Em 2006, o faturamento da Zêlo, em maio, cresceu 27%. Os produtos mais procurados são os edredons, com preços entre R$ 45 e R$ 160.

Coleção especial – Para a Swarovski Cristais, o desempenho das vendas na data é semelhante ao do Natal, diz o gerente-geral da Divisão de Varejo, Fabio Gianni. “O Natal representa de 20% a 25% do faturamento anual; o Dia das Mães, de 15% a 18%.”

As sete lojas Swarovski têm no público feminino o seu principal cliente. Por conta disso, todos os anos a marca aposta no lançamento de uma coleção especial para a data. A de 2007, batizada de Love So True, promove a ligação afetiva mãe-filha.

Pólos – Lojistas da Rua 25 de Março também apostam no crescimento. O presidente da entidade que os representa (a Univinco), Miguel Giorge Junior, projeta mais 6% sobre o mesmo período de 2006.

No Bom Retiro, pólo de moda popular, ainda não há uma projeção geral. Em 2006, as vendas do comércio local cresceram entre 5% e 8%. “Foi um ano razoável, mas abaixo da expectativa, entre 10% e 15%”, compara a secretária-executiva da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro, Kelly Cristina Lopes. Na região, a maioria das confecções vende para o atacado. “Para eles (comerciantes), o forte das compras acontece em abril”, afirma Kelly. A boa notícia é que a coleção outono-inverno produzida no Bom Retiro vendeu bem até o final de março. Segundo ela, houve alta de 10% nas vendas, apesar do clima.

No Brás, um reduto de moda com negócios no atacado e no varejo, a expectativa é que o varejo registre crescimento de vendas de 6% a 7%, informa o diretor de Relacionamento da Associação dos Lojistas do Brás (Alobras), Jean Makdissi Júnior. Os atacadistas da região esperam maior movimento a partir desta semana. “Se o tempo não tivesse permanecido quente, essas vendas já teriam começado.” Estima-se que 60% das 6 mil lojas da região atendam tanto o atacado quanto o varejo.

Shoppings – Nos shopping centers, embora a Páscoa ainda fosse o tema principal até ontem, o Dia das Mães já entrou em pauta. O Shopping Ibirapuera estima crescimento de vendas de 8% e fluxo de clientes até 10% maior em relação a 2006. A data deverá ganhar reforço de campanha publicitária em TV aberta e fechada e em revistas de grande circulação.

O Shopping Metrô Tatuapé também terá apoio de campanha, estrelada pela atriz Grazi Massafera, com expectativa de alta nas vendas entre 10% e 12%. O Centro Comercial Leste Aricanduva promete decoração temática, com investimento de R$ 400 mil e
espera vendas 8% maiores e acréscimo de 10% na circulação de pessoas.

Cenários – Segundo os analistas de varejo, porém, o resultado do Dia das Mães de 2007 tende a ser inferior ao do ano passado, mesmo com as atuais condições gerais favoráveis ao crescimento econômico. “O Dia das Mães de 2006 foi muito bom”, afirma o economista da ACSP, Emílio Alfieri.

A data resultou em crescimento médio de 8% para o comércio, beneficiada pela Copa do Mundo, com o impulso das vendas de televisores e DVDs. Além disso, houve dias frios no mês de abril, favorecendo a comercialização da coleção outono-inverno.