Economia

ACE-Guarulhos é contra a greve geral desta sexta-feira

Para Paneque e Vilson Caldas, paralisação pode atrapalhar ainda mais o ambiente econômico do País

Guarulhos, 27 de abril de 2017

A Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE-Guarulhos), entidade filiada à Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), é contrária à greve geral anunciada para esta sexta-feira, 28/04.

O presidente da ACE, William Paneque, afirmou que a paralisação ocorre em um momento inoportuno, já que a economia brasileira apresenta pequenos sinais de melhora. “O movimento grevista pode atrapalhar o ambiente econômico do País. Já tivemos um ano de atraso em 2016. Neste ano, os índices do setor comercial, empresarial e industrial têm melhorado. Não podemos deixar que nada interrompa esta evolução. Necessitamos, sim, de medidas que aqueçam o mercado, gerando mais empregos e renda”, avaliou.

Para o vice-presidente da Indústria da ACE-Guarulhos, Vilson Caldas, há preocupação com os efeitos que a greve pode causar na recuperação econômica do Brasil. “A paralisação é um protesto contra a Reforma Trabalhista, aprovada nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados. No entanto, as pessoas não percebem que, com as medidas previstas no texto, as empresas ganharão fôlego e poderão contratar mais funcionários”, destacou.

“Não é como os sindicatos têm pregado. Eles dizem que os trabalhadores vão perder os seus direitos como férias, 13º, entre outros, mas isto é uma mentira. Não vai acontecer nada disto. Na verdade, os sindicalistas estão preocupados porque a contribuição sindical deixará de ser obrigatória. Eles se preocupam apenas com eles mesmos, não com os trabalhadores. Quem se preocupa com o trabalhador é o empregador, que paga salário, benefícios e investe no funcionário”, completou o dirigente.

Presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Facesp, Alencar Burti comentou que espera condições mínimas de locomoção e trabalho para aqueles que não vão aderir à greve geral. “Estamos preocupados com os trabalhadores e as empresas. Esperamos que sejam garantidos meios necessários para as pessoas trabalharem, estudarem e cumprirem seus compromissos. E que o movimento seja dentro da ordem, sem atos de violência e vandalismo. A greve refletirá negativamente na economia e no comércio, justamente em um momento em que a atividade econômica experimenta uma incipiente melhora”, disse Burti.