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Guarulhos perde quase 15 mil vagas de emprego de janeiro a outubro

Guarulhos, 01 de dezembro de 2015

A crise econômica que aflige o País em 2015 voltou a causar números ruins em Guarulhos em outubro. Segundo o Boletim do Emprego produzido pela Agende Guarulhos, a cidade perdeu 1.484 postos de trabalho no mês (cerca de 50 demissões por dia), acumulando saldo negativo de 14.485 vagas.

O setor de serviços teve a maior perda no período, com 916 vagas a menos, acumulando -2.589 vagas. Em seguida vem a indústria de transformação com -596 postos, acumulando até o momento -8.347 postos. Os setores de Comércio e a indústria extrativa mineral foram os únicos a apresentarem valores positivos.

Outro fato extremamente negativo é que deixaram de circular na cidade mais de R$ 4 milhões. No acumulado do ano, são R$ 44.368.941,00 negativos na geração de massa salarial.

O comércio varejista de produtos novos e de produtos usados foi a atividade que mais empregou na cidade, com saldo de 334 contratados. No entanto, seu estoque tem retração de 1,35%. A segunda atividade que mais empregou teve incremento de 37,52% em seu estoque. São as atividades profissionais, científicas e técnicas, que compreendem serviços de tradução e interpretação, revisão, corretagem, intermediação na compra e venda de patentes, entre outros.

Das dez atividades que mais empregaram, seis tiveram incremento em seu estoque em 2015, o que significa que, ao longo do ano, empregaram mais do que demitiram. Algumas atividades que mais criaram vagas em outubro, como comércio e fabricação de outros produtos alimentícios podem indicar contratações sazonais devido às festas de fim de ano e pagamentos de 13º salário.

Teleatendimento e restaurante e outros serviços de alimentação e bebidas foram as que mais demitiram no período: juntas dispensaram 328 funcionários, com baixa de 185 e 143, respectivamente. Contudo, apesar das demissões no período, o estoque de 2015, até o mês de outubro, é positivo para as duas atividades.

As três atividades que tiveram maior redução de seus estoques de emprego pertencem à indústria de transformação, sendo elas, fabricação de artigos de malharia e tricotagem (-25,30%), fabricação de peças e acessórios para veículos automotores (-10,90%) e fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente (-10,19%).

A crise política e econômica continua afetando diretamente o emprego no País. Atualmente, não existe grau de confiança que incentive novos investimentos. As reformas para alcançar o equilíbrio fiscal não evoluíram e, provavelmente, não se viabilizarão no curto prazo. O saldo de emprego no Brasil ficou em 169.131 vagas negativas em outubro. No acumulado do ano, são mais de 800 mil postos de trabalhos extintos.

Não existe descolamento em relação ao Estado de São Paulo, o qual não criou vagas de empregos no período, perdendo mais de 50 mil postos, onde as maiores perdas estão também nos setores de Indústria de Transformação, Serviços e Construção Civil.