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Banco Central descumpre meta de inflação anual

Guarulhos, 11 de agosto de 2015

Apesar da inflação ter desacelerado de 0,79% em junho para 0,62% em julho, em 12 meses o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, acumulou elevação de 9,56%, maior resultado desde novembro de 2003.

Os dados mostram que os números mais do que dobraram a meta anual (4,5%), e distanciam-se progressivamente de seu limite máximo de tolerância (6,5%), segundo o sistema de metas de inflação, seguido desde 1999.

O descumprimento da meta anual de inflação já é uma realidade, pois durante o período janeiro-julho, a inflação acumulada alcançou a 6,83%, o que obrigará a autoridade monetária no final do ano a justificar-se perante o ministro da Fazenda.

No mês, o principal “vilão” dos preços altos foi a energia elétrica, cuja tarifa subiu 4,17%, acumulando em 12 meses altas de 57,83% no País, enquanto no Estado de São Paulo a alta é de 72,66%.

Também exerceram pressão os reajustes dos preços da água, do esgoto e dos alimentos, fato, neste último caso, fora do padrão observado nos meses de julho, porém explicado pelas intensas elevações do câmbio, que aumentam os preços em reais dos produtos agrícolas e seus custos de produção, e os custos dos fertilizantes, que são, em sua maioria importados.

Outro importante indicador, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), também apresentou, na comparação entre junho e julho, desaceleração em termos mensais (de 0,68% para 0,58%, respectivamente) e crescimento mais intenso no acumulado em doze meses (de 6,22% para 7,43%, respectivamente).