Ambulantes irregulares tomam conta do calçadão da Dom Pedro II

Quem circula pela rua Dom Pedro II, especialmente por volta das 17h, já se deparou com uma nova paisagem. Trata-se de vendedores ambulantes irregulares que invadiram o calçadão do principal centro comercial de Guarulhos e que vem causando incômodo nos comerciantes e nos ambulantes regularizados.

Os ambulantes, em sua maioria vinda da Capital Paulista, vendem de tudo: meias, acessórios para celulares, leques, bonés, camisetas entre outros produtos que se quer possuem nota ou garantia de origem.

Os ambulantes transformam a rua Dom Pedro em vitrine de seus produtos, que são colocados em exposição em lonas ou plásticos colocados no chão do calçadão, uma artimanha para facilitar a locomoção, caso ocorra ações da fiscalização. Outro detalhe verificado é que, muitos dos ambulantes, são de origem de países da América Latina como a Bolívia e o Peru.

Para o empresário, José Carlos, proprietário de um minisshopping localizado na Dom Pedro II, todo o investimento para tornar a via em um calçadão e a regularização de ambulantes que por anos atuaram na região central, foi por água abaixo. “A sensação que temos é que não podemos fazer nada. A rua Dom Pedro perdeu totalmente seu foco. Os pedestres não conseguem andar e precisam ficar desviando dos vendedores. Depois das 16h30 ninguém fatura mais nada”, disse.

Outro problema que vem causando preocupação nos comerciantes é o aumento do consumo de drogas na região. Nem mesmo a presença da Guarda Civil Municipal tem intimidado os usuários.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE), Jorge Taiar, conta que tem sido procurado constantemente por empreendedores por conta da situação do principal centro de comércio da cidade. Taiar afirmou que vai cobrar providências da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU) e que pretende reunir os comerciantes e representantes da administração municipal em encontro que deverá ocorrer na entidade.

“Do jeito que está não dá pra continuar. A administração municipal precisa tomar medidas duras e aumentar a fiscalização na região para evitar que os ambulantes irregulares continuem atuando”, falou.

Resposta – A reportagem solicitou uma resposta junto à assessoria de imprensa da SDU, que não foi enviada até o fechamento do texto.