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Situação do Hospital Stella Maris é debatida no Observatório de Guarulhos

Guarulhos, 05 de setembro de 2014

O refinanciamento de dívidas junto ao Governo Federal e a obtenção de recursos por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem amenizar a agonia vivida pelo Hospital Stella Maris nos últimos anos. A informação foi do diretor administrativo da instituição, Ronaldo Rafael de Oliveira, em reunião do Observatório de Guarulhos, ontem, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE).


Lideranças debateram situação do HSM

Muito seguro, Oliveira não fugiu aos questionamentos colocados pelos participantes do movimento. De acordo com o dirigente, o hospital passa por uma grave crise, mas não vem se furtando de implementar ações que permitam sanar suas dívidas. Para ele, o refinanciamento das dívidas junto ao Governo Federal e a obtenção de recursos através do BNDES podem aliviar o sofrimento da instituição, que possui uma dívida em torno de R$ 60 milhões.

Oliveira salientou que o hospital não pode ficar dependente do poder público e, por isso, resolveu investir no setor de alta complexidade. Ele contou que busca uma parceria junto a uma empresa da cidade para a ampliação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Estamos fazendo o que é possível ser feito”, completou.

Jorge Taiar, presidente da ACE-Guarulhos, considerou o encontro produtivo e aproveitou para anunciar que a entidade pretende retomar o movimento “Stella Maris para Sempre”, com o apoio de outras entidades. “Foi uma ação iniciada pelo Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE) da ACE e que pretendemos retomar com a ajuda de outras entidades. Nós, empresários, podemos fazer muito mais pelo hospital”, disse.

Tereza Pinho, secretária municipal adjunta de Saúde, informou que a Prefeitura de Guarulhos tem acompanhado o caso do HSM. “Temos acompanhado e queremos que o hospital se equilibre. Estamos juntos trabalhando para conseguir financiamentos, já que, sem recursos, ninguém conseguirá fazer milagres”, informou.

Salários – Quanto ao pagamento do corpo clínico do hospital, que se encontra atrasado em quase 30 dias, o diretor Ronaldo Oliveira anunciou que o débito deverá ser sanado ainda hoje. No entanto, Oliveira ressaltou que só conseguirá manter o pagamento dos profissionais em dia, pelo menos até dezembro, caso consiga um novo empréstimo junto a Caixa Econômica Federal.

Além dos integrantes do Observatório de Guarulhos, a reunião contou com a presença do vereador Romildo Santos (PSDB), Miguel Bueno (assistente da diretoria do HSM), do ex-vereador Drº José Mário, integrantes do conselho gestor do HSM, entre outros.