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Fórum de Segurança Alimentar debate desperdício com agricultores e entidades

Guarulhos, 15 de março de 2013

A quantidade de comida desperdiçada no Brasil é impressionante. O país é o quarto produtor mundial de alimentos, mas, mesmo assim, fica na 6ª posição em subnutrição. Esta desproporcionalidade, além da má distribuição da renda, é resultado também das perdas na hora da colheita, transporte, armazenagem, recepção e manipulação. Sem contar o que é jogado fora na própria casa do consumidor.

Para encontrar maneiras de evitar este desperdício, cerca de 70 pequenos agricultores e representantes de entidades receptoras das doações do Programa de Aquisição de Alimentos Compra Direta (PAA) reuniram-se na quarta-feira (13), no Centro de Terapias Naturais, para participar do Fórum Permanente de Segurança Alimentar Nutricional. O encontro é realizado pela Coordenadoria do Fundo Social de Solidariedade, em parceria com o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsan).

Participaram dos debates, Lourdes Almeida, primeira-dama e presidente do Fundo Social, Andrea Grucci, coordenadora do Fundo Social, Carlos Artur Salgado, gerente da Agricultura Urbana, Periurbana e Familiar, Márcia Seminaldo, gerente administrativa do Comsan, e Fernando Coelho, presidente do Comsan.

Para Lourdes Almeida o tema é fundamental para a principal meta do Fundo Social que é acabar com a fome. “Precisamos tratar deste assunto com carinho, ainda mais sabendo que os produtos da agricultura familiar saem da terra sem veneno, duram mais tempo e têm muito mais sabor”, disse.

Andrea Grucci ressaltou a qualidade dos produtos distribuídos às 115 entidades e afirmou que tudo seria feito para ampliar este atendimento. “O Fundo Social é como coração de mãe, buscamos ajudar sempre os menos assistidos”, afirmou a coordenadora. Além dos produtos vindos da cooperativa Coopafarga, o Fundo também distribui doações que recebe ainda adequadas para consumo, mas não para venda.

Uma das entidades beneficiárias do Banco de Alimentos é a Associação Arte Nativa Indígena que recebe pães, sopas, legumes, verduras, frutas e outros alimentos industrializados diariamente, há mais de seis meses. “Atualmente, vivemos integrados à cidade. Somos mais de 500 famílias indígenas no município, e sem o bioma da mata não podemos sustentar autonomamente nossa sobrevivência. E essas doações têm sido maravilhosas”, disse Awá Vera, presidente da entidade. 

O Banco de Alimentos, do Fundo Social, recebe doações e as distribui a entidades beneficentes assistidas pelo órgão e aos programas sociais da Prefeitura. Em 2011, o Banco recebeu 537 toneladas de produtos. No ano passado, foram 944, praticamente o dobro. Mais informações pelo telefone 2472-5195.

Serviço:

O Centro de Terapias Naturais fica rua Joaquim Miranda, 471, Vila Augusta.

Coordenadoria do Fundo Social de Solidariedade fica na alameda Tutoia, 534, Gopoúva.