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Varejo cresceu 7,3%, diz Boa Vista

Guarulhos, 30 de janeiro de 2013

O setor de comércio brasileiro registrou aumento de 7,3% no movimento em todo o ano passado, desempenho inferior ao visto em 2011, conforme dados da Boa Vista Serviços, divulgados ontem. Segundo o indicador de movimento do comércio, que passará a ser divulgado mensalmente pela administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), em 2011 o crescimento havia sido de 7,9%.

No mês passado, o movimento do comércio foi 0,2% menor ante novembro, sem considerar efeitos sazonais. Por contar com as vendas de Natal, o mês de dezembro é tido como o mais importante para o varejo.
 
“O crescimento experimentado pelo varejo no primeiro trimestre não se sustentou com a mesma intensidade ao longo do ano pelo arrefecimento apresentado na economia brasileira”, afirmaram os economistas responsáveis pelo indicador, em nota.
 
Os primeiros meses de 2012 foram favorecidos por fatores como aumento de 14% do salário mínimo e medidas de incentivo adotadas pelo governo. “Porém, houve uma retomada do crescimento das atividades no varejo no último trimestre, o que pode indicar uma recuperação da atividade econômica”, disseram.
 
O setor de consumo sofreu uma desaceleração generalizada em 2012, que começou a dar indícios no ano anterior, em meio a um ambiente de maior cautela dos consumidores, que contiveram gastos e priorizaram a liquidação de dívidas.
 
Diante deste cenário, as medidas adotadas pelo governo para incentivar o consumo no País – incluindo menores juros e maior oferta de crédito – começaram a se refletir na ponta da cadeia apenas a partir do segundo semestre.
 
O índice representa o nível de atividade do setor varejista e é obtido a partir da série histórica mensal da quantidade de consultas efetuadas à base de dados da Boa Vista.
Supermercados – O setor de supermercados, alimentos e bebidas foi responsável pelo melhor desempenho dentre os segmentos analisados pela Boa Vista, com crescimento de 9,3% ante 2011.
 
Na sequência, o segmento de combustíveis e lubrificantes avançou 6,6%. O varejo de móveis e eletrodomésticos fechou 2012 com alta de 5,8%, refletindo a desoneração de imposto, como parte das medidas governamentais. Já o segmento de tecidos, vestuário e calçados apurou o menor ritmo de expansão, de 3%.
 
O setor de vestuário foi um dos mais penalizados pelo cenário de contenção de gastos desde meados de 2011 e começou a ensaiar uma recuperação na segunda metade do ano passado, com os consumidores ainda priorizando a compra de outros itens, como alimentos.