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Grãos e gasolina pressionam inflação

Guarulhos, 16 de agosto de 2012

O repique da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que fechou o mês de julho em 0,43% ante os 0,08% de junho – deve ser contaminado por novas altas geradas pelo choque de oferta de grãos e de hortifrutigranjeiros, e ainda por um possível aumento no preço dos combustíveis. A afirmação é do professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e membro do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), Heron do Carmo.

Com o cenário da economia mundial desinflacionário, Carmo prevê que o IPCA feche 2012 no patamar de 5% ao ano, acima do teto da meta de 4,5% ao ano. “Mas a defasagem no preço dos combustíveis ainda é de 20%. Se neste ano os reajustes cobrirem a defasagem, podemos ganhar um ponto percentual nessa projeção”, afirmou.

Se por um lado traz este efeito negativo , a alta do combustível é vista pelo professor como necessária. “A pior coisa é manter um preço contido artificialmente na economia. A melhor coisa é a Petrobras mudar sua política de preços, fazendo com que o combustível acompanhe os seus custos de produção.