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Média de vendas a prazo sobe 1,3%

Guarulhos, 17 de julho de 2012

O balanço da movimentação do varejo paulistano na primeira quinzena de julho, divulgado ontem pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), ainda não permite, segundo avaliação da entidade, vislumbrar o desempenho do comércio para o restante do mês. Os números apresentam, na prática, um crescimento lento das vendas, na comparação da referida quinzena com igual período de 2011, mas apontam para ligeira alta, na mesma base de comparação, quando ajustados pela média diária, com o objetivo igualar o número de dias úteis dos períodos comparados.

Os dados são elaborados pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, com base em amostra de clientes da Boa Vista Serviços, gestora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).
 
O estudo com ajuste pela média diária mostra crescimento de 1,3% do Indicador de Movimento do Comércio a Prazo (IMC/SCPC), na comparação da primeira quinzena de julho de 2012 com igual período do ano passado. Na mesma base de comparação, o Indicador de Movimento de Cheques (ICH/SCPC Cheque), indicativo das transações à vista, teve alta de 1,2%.
 
Na comparação entre as quinzenas, sem o ajuste pela média diária do movimento de vendas, os dois indicadores apresentam, respectivamente, recuos de 6,5% e de 6,6%.
 
Expectativa –  “Os dados desta quinzena não podem ser projetados, por causa do efeito calendário e pela volta do frio, que poderá ajudar as vendas de roupas e calçados e até de eletrodomésticos como aquecedores”, disse o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato.
 
O economista da ACSP Emilio Alfieri afirmou que o ritmo mais lento de crescimento das vendas a prazo (IMC) reflete possível antecipação das compras de bens duráveis em junho. Naquela ocasião, justificou, o consumidor temia pelo fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os móveis e eletrodomésticos.
 
No caso das aquisições à vista, acrescentou Alfieri, o volume de transações da primeira quinzena de julho foi prejudicado pelas altas temperaturas do início do mês. Elas foram desfavoráveis à venda das coleções de moda inverno e até estimularam a antecipação de liquidações.
 
O balanço da ACSP também trouxe dados sobre a situação de pagamento das dívidas da pessoa física. O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) apresentou crescimento de 9,4%, na comparação entre a primeira quinzena deste mês e igual período do ano passado. O aumento do Indicador de Recuperação de Crédito (RC) foi menor (5,1%).
 
“Apesar de os números da quinzena sinalizarem ligeira alta da inadimplência (na comparação com a mesma quinzena de 2011), esses dados também não podem ser projetados para o mês todo”, ressaltou Alfieri. Ele lembrou que as campanhas de renegociação de dívidas em atraso continuam e seus resultados podem alterar completamente o balanço ao final de julho.