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Consumidor quer mais produtos verdes no mercado

Guarulhos, 15 de agosto de 2011

Muitas empresas se preocupam em vender produtos em embalagens sustentáveis, que priorizam os cuidados com o meio ambiente – uma forma de projetar a marca de forma positiva. Mas esse tipo de ação pode deixar de ser um diferencial. “Os consumidores estão cada vez mais preocupados com sustentabilidade. Eles querem itens que não agridam o meio ambiente e usem menos recursos naturais”, disse a consultora em design sustentável Elisa Quartim.

Ela citou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que leva as empresas a mudar seus processos, inclusive da embalagem, para incentivar a reciclagem de lixo e o manejo correto dos produtos. Fabricantes, distribuidores e comerciantes têm que recolher as embalagens usadas. “Foi criada a responsabilidade compartilhada entre sociedade e governo.”

Não é difícil encontrar exemplos de companhias que integraram a sustentabilidade no dia a dia. A Brinquedos Estrela escolheu o tradicional jogo Banco Imobiliário para inovar. O produto é feito com peças de plástico verde, material obtido da cana-de-açúcar; o tabuleiro, a caixa e as cartas são de papel reciclado. Essa versão custa, em média, R$ 10 a mais do que a tradicional – chega a R$ 90. Além disso, a empresa aboliu o plástico shrink (fininho e elástico), que envolvia as embalagens dos jogos.

O setor de alimentos também está engajado. As tampinhas dos leites UHT das linhas Ninho e Molico, da Nestlé, são feitas com derivados de cana – o que contribui para reduzir as emissões de gases que geram o efeito estufa. A Taeq, do Grupo Pão de Açúcar, reutiliza as embalagens de papel deixadas pelos clientes nas Estações de Reciclagem e nos caixas verdes para serem reaproveitadas. E a Coca-Cola utiliza uma garrafa PET na qual o etanol da cana substitui parte do petróleo utilizado como insumo.