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Sebrae amplia atuação junto ao setor de serviços

Guarulhos, 07 de dezembro de 2010

Nos próximos anos, o setor de serviços terá papel fundamental no aumento de produtividade, competitividade e geração de emprego de qualidade no País. A avaliação foi feita pelo diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, nesta segunda-feira, 6, na abertura do seminário ‘O Futuro do Setor de Serviços’.

O diretor anunciou que o Sebrae, que há dois anos passou a contar com uma área específica para trabalhar com serviços, “irá ampliar sua atuação no setor, hoje mais focada nos Serviços Pessoais, para o chamado ‘Serviços PJ’, ou seja, o segmento de empresas que atendem outras empresas.”

Produzindo serviços intensivos em conhecimento e de alto valor agregado em áreas como logística, manutenção, saúde, laboratórios de análises, tecnologia da informação, engenharia consultiva, arquitetura, entre outras, os “Serviços PJ” vêm assumindo importância cada vez maior na economia brasileira, abrangendo milhares de empresas de pequeno porte, salientou Carlos Alberto.

Recursos – No próximo triênio (2011/2013), o Sebrae vai destinar R$ 140 milhões  para ações de apoio ao desenvolvimento das MPE do setor de serviços.

A instituição apoia micro e pequenas empresas de serviços em todo o País. Em 2007, foi implantada carteira específica de projetos para o  setor e a primeira chamada pública de projetos foi realizada em 2008. Foram aprovados 44 projetos, que se encontram em desenvolvimento em 21 unidades da Federação, até o final deste ano. Nesse período, foram investidos mais de R$ 70 milhões em ações de capacitação, consultorias, entre outras.

Além desses projetos, há mais 59 sendo desenvolvidos em todo o País, abrangendo 20 segmentos. Atualmente, a  maioria das MPE apoiadas pelo Sebrae atua em prestação de serviços voltados predominantemente a pessoas físicas, como lan houses, salões de beleza, academias de ginástica, autoescolas, oficinas mecânicas, lavanderias e tinturarias, dedetizadoras, empreendimentos educacionais, meios de hospedagem, reciclagem de materiais, entre outras.

Ciclo de desenvolvimento – O seminário ‘O futuro do Setor de Serviços’ foi realizado durante todo o dia, na nova sede da instituição, em Brasília, reunindo executivos de empresas do setor, representantes do governo e especialistas nacionais e estrangeiros. Carlos Alberto ressaltou o fato de o  evento ter acontecido no momento em que o País vive um ciclo de desenvolvimento sustentado, com taxas de crescimento que devem se manter elevadas nos próximos anos.

“E o setor de serviços deve responder por grande parte deste crescimento”, afirmou.  Segundo ele, o seminário foi o primeiro capítulo de um processo que será desenvolvido nos próximos anos com foco em serviços. “Ao final do seminário, teremos uma indicação para a atuação do Sebrae em seu planejamento estratégico”, finalizou.

Emprego e renda – O secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Maurício do Val, lembrou que em setembro de 2005 o governo criou a Secretaria de Comércio e Serviços para apoiar o setor.

“Essa criação não foi à toa. O governo levou em conta a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) e o que ele representa para a geração de emprego e renda, entre outros aspectos. Temos a esperança que isso venha a se consolidar e a crescer. Hoje nós temos uma forte política de desenvolvimento produtivo. E também temos uma Política Nacional de Comércio e Serviços bem estruturada; Ela  já foi apresentada ao novo governo, que irá verificar qual a melhor forma de adotá-la”, observou.

Para o presidente da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), Paulo Lofreta, o segmento por muito tempo foi visto como “um apêndice do comércio”, mas essa realidade tem mudado no País e no mundo. Já a representante do Centro de Integração de Negócios (Integrare), Carla Magalhães, avaliou que o seminário veio na hora certa e disse que “o Sebrae tem realizado importante trabalho de capacitação junto aos milhões de micro e pequenas empresas, que representam cerca de 80% do setor”.