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Leão abocanha 10% a mais em impostos

Guarulhos, 19 de agosto de 2010

Os cofres do governo federal seguem ilesos à desacelaração da economia observada a partir do segundo trimestre. No mês de julho, a arrecadação tributária totalizou R$ 67,97 bilhões, o que representa um aumento real de 10,76%  sobre igual período de 2009. É mais um recorde neste ano. Em relação a junho, a expansão foi de 10,54%, conforme dados divulgados ontem pela Receita Federal do Brasil (RFB). Entre os meses de janeiro e julho, os contribuintes recolheram R$ 447,46 bilhões em impostos, uma alta real de 12,22% na comparação com igual período do ano passado, ou R$ 49,09 bilhões a mais.

O crescimento da receita tributária com o Programa de Integração Social e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) foi o que mais contribuiu para a expansão da arrecadação observada em julho. Nos sete primeiros meses deste ano, os dois tributos renderam R$ 14,057 bilhões a mais aos cofres públicos. Pelo fato de incidirem sobre o faturamento das empresas, essas contribuições são consideradas termômetro do ritmo da atividade econômica.

O bom desempenho da receita tributária no período também foi puxado pela expansão do volume de vendas (14,5%), da massa salarial (11,32%) e pelo aumento da produção industrial (16,54%).

As contribuições previdenciárias ocuparam o segundo lugar na lista dos tributos que mais renderam aos cofres do governo, com uma elevação de R$ 11,58 bilhões. No acumulado deste ano, elas totalizam R$ 125,53 bilhões, superior aos R$ 113,94 bilhões computados em igual período de 2009.