Aeroporto de Guarulhos fica na 121ª posição em ranking de qualidade
O maior e mais importante aeroporto da América Latina, o Internacional de Guarulhos, ocupa apenas a 121ª colocação em ranking internacional de qualidade. O levantamento feito em 215º aeroportos, em todo o mundo, foi elaborado pela consultoria de aviação Skytrax, principal empresa de análise do mercado da aviação. Na 151ª posição aparece o do Galeão, localizado no Estado do Rio de Janeiro.
O aeroporto de Cingapura foi avaliado como o melhor do mundo, com base em questionários respondidos por passageiros. O Internacional de Guarulhos nem mesmo ficou entre os três melhores da América do Sul, segundo levantamento. Na primeira posição ficou o aeroporto de Lima, localizado na Capital do Peru. Na segunda colocação aparece o de Santiago, no Chile. Em terceiro lugar ficou o de Buenos Aires, na Argentina.
Mesmo ainda ostentando uma má colocação, Guarulhos subiu de posição em relação ao ranking divulgado pela Skytrax no ano passado, quando ficou na 128ª colocação, enquanto o Galeão ocupou o 135º lugar. O projeto de Cumbica previa que o aeroporto operasse com quatro terminais de passageiros e três pistas, desde 1998. Hoje, há dois terminais e duas pistas (com 3 mil metros e 3,7 mil metros), que não podem ser usadas ao mesmo tempo.
Um dos motivos de Guarulhos estar em péssima posição no ranking está a demora da entrega das obras do terceiro terminal, que ainda se encontra em fase de licitação e a exclusão da construção do quarto terminal e a terceira pista que não estão mais nos projetos de expansão do aeroporto. Porém, na opinião da Infraero, o terceiro terminal será suficiente para ampliar a capacidade do local em 12 milhões de passageiros por ano.
Entre outros motivos também apontados estão o grande número de vôos e de passageiros transportados. No ano passado, 21,7 milhões de pessoas embarcaram ou desembarcaram em Guarulhos, mas a capacidade do aeroporto é para atender 17 milhões de passageiros/ano. O excesso causa filas no check-in e nas bagagens, atrasos de voos e grande concentração de pessoas nos terminais.
Recentemente a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que irá restringir este ano a operação de mais seis aeroportos brasileiros, após ter imposto limite de movimentos de pouso e decolagem, por hora, nos aeroportos paulistas de Congonhas e Guarulhos. Para este ano, estima que o fluxo de passageiros transportados cresça entre 10% e 17%.
