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Tarifas dos táxis do Aeroporto sobem 19,5%

Guarulhos, 29 de março de 2010

O prefeito Sebastião Almeida (PT) decretou o reajuste de 19,54% no preço da bandeira 1 dos táxis que saem do ponto número 100 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. O valor cobrado por quilômetro rodado subiu de R$ 2,20 para R$ 2,63. Os demais pontos da cidade seguem com preços inalterados. A nova tarifa entra em vigor a partir deste domingo, 28 de março, à meia-noite.

O último reajuste dos táxis dos aeroportos aconteceu em 19 de dezembro de 2006. De lá para cá, nem o ex-prefeito Elói Pietá (PT) e nem Almeida tocaram no assunto, o que gerou descontentamento da categoria. O presidente da cooperativa dos taxistas do aeroporto de Guarulhos (Guarucoop) e vereador, Edmílson Americano (PHS), reclamou que o aumento deveria ter sido concedido antes. “Eles (Prefeitura) só pensam em reajuste quando se trata de empresas de ônibus”, cutucou, em referência ao reajuste para R$ 2,65 dos ônibus municipais que passa a valer neste sábado.

Atuam no aeroporto cerca de 1,3 mil taxistas em 653 veículos. O valores cobrados pela bandeirada (R$ 4,40) e hora parada (R$ 35) seguem inalterados. O índice de acréscimo da bandeira 1 é superior a inflação calculada entre dezembro de 2006 e fevereiro de 2010 – de 17,25% – de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Na sexta-feira, pessoas que utilizavam o aeroporto não sabiam do reajuste que entraria em vigor dois dias depois. O engenheiro Rafael Apolinário admite que ficou assustado ao saber do valor do aumento. “Já era caro e agora fica pior. 20% é abusivo para um serviço que não terá qualquer melhora”, opinou. Para a gerente Rosangela Aparecida Oliveira seria importante deixar mais tempo para a população se informar do reajuste. “O valor é exorbitante e deveria ser revisto.”

O Guarulhos Hoje questionou a Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) sobre o motivo do reajuste de quase 20% de uma vez, se outros pontos de táxi na cidade também terão aumento e quando o Governo pretende iniciar o processo de licitação dos táxis. O GH, em e-mail a assessoria de imprensa, também lembrou que virou rotina desde outubro do ano passado o jornal não obter respostas da STT. O repórter lembrou que as respostas aos questionamentos seria uma forma de respeito aos leitores do jornal – cidadãos guarulhenses – e à Constituição Federal de 1988, que dispõe, no artigo 5º, inciso XIV, que “é assegurado a todos o acesso à informação”. Ainda assim, não houve qualquer tipo de retorno da STT.