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Cenário positivo para supermercados

Guarulhos, 01 de fevereiro de 2010

O cenário positivo previsto para este ano deve permitir que os supermercados retomem o ritmo de crescimento de receitas registrado em 2008, antes de os efeitos negativos da crise mundial atingirem a economia brasileira. De acordo com estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o faturamento do setor deve ter expansão em torno de 9% em 2010, próxima ao aumento de 8,98% verificado em 2008. Balanço divulgado na quinta-feira, 28, pela entidade mostrou que, na comparação com o ano anterior, as receitas tiveram alta de 5,51% em 2009 e que o volume de vendas aumentou 3,2% no período (números já deflacionados).

“Embora o faturamento tenha crescido em ritmo menos intenso, os resultados do setor foram bastante positivos, principalmente se for levado em consideração o cenário de crise nos primeiros meses do ano passado”, afirmou o presidente da entidade, Sussumu Honda. Segundo a Abras, contribuíram para o bom desempenho do setor em 2009 a estabilidade do emprego e o aumento da renda (leia mais na página E3), além das políticas do governo de incentivo à economia (desoneração tributária e redução de taxa de juros). Sussumu afirmou que o segmento de supermercados também tenta garantir redução de impostos para alimentos.

O avanço de 3,2% no volume de vendas no ano passado compensou a elevação de apenas 0,4% registrada em 2008, de acordo com levantamento feito pela Abras em conjunto com a consultoria Nielsen. Os destaques de 2009 foram as altas de vendas de bebidas alcoólicas (8,6%), perecíveis (7,2%), bebidas não alcoólicas (4,9%), itens de limpeza (3,8%) e de higiene e beleza (2,1%). Na ponta oposta, caíram 3,7% as vendas de produtos de bazar. Em relação aos produtos, a maior alta (69,6%) foi registrada nas vendas de bebidas energéticas.

A entidade também divulgou ontem a pesquisa de preços AbrasMercado. De acordo com o levantamento, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo analisada pela GFK subiu 0,32% no ano passado. A elevação mais expressiva foi a de açúcar (57,2%) e a maior queda foi de sabonetes (baixa de 9,4%).