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Heróis infantis expandem negócios

Guarulhos, 03 de outubro de 2008

Aproximidade do Dia da Criança, em 12 de outubro, estimula a fantasia e a criatividade infantil com milhares de brinquedos licenciados. Super-heróis, alienígenas, robôs e princesas geram lucros para as empresas do setor, podendo representar até 80% das vendas no período.

De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), o faturamento do setor, incluindo indústria e varejo, alcançará R$ 2,5 bilhões em 2008, valor 8% maior que o e 2007.

Há mais de 35 anos investindo no segmento de produtos licenciados, a Gulliver criou o boneco Zorro para alavancar as vendas. A iniciativa será reforçada pelo lançamento do desenho animado Zorro Geração Z. Otimista, a fabricante espera crescer 10% em 2008. “Os itens licenciados representem 80% das vendas. Super-heróis e personagens Disney são nossos aliados”, diz o diretor comercial Paulo Benzatti.

Na Estrela, a novidade é o High School Musical 2. Além de funcionar como microfone normal, ampliando a voz, o brinquedo vem com músicas que a criança pode cantar sozinha ou acompanhando as vozes dos atores. Segundo o diretor de marketing Aires Fernandes, os produtos licenciados respondem por 25% do faturamento. “Apostamos na linha do Batman por causa do lançamento do filme”, diz.

A Baby Brink lançou a linha licenciada de rádios dos personagens de Backyardigans, além de almofadas com os heróis da Vila Sésamo e bonecas da série musical HI-5.

Tanto sucesso entre as crianças está animando os lojistas do setor. Na rede PBKids, a expectativa é a de que 70% das vendas do Dia da Criança sejam de produtos licenciados. De acordo com a gerente Vera Lúcia de Souza, os brinquedos mais procurados de janeiro a agosto deste ano foram os das marcas Hot Wheels e Barbie, que representaram 18% do faturamento cada um; personagens da Disney, com 12%; Backyardigans, com 6% e Homem-aranha, com 5%.

No entanto, para o período, ela aposta na venda da linha de produtos “Ben 10”, uma nova série infantil de desenho animado, onde um garoto utiliza um relógio “mágico” para se transformar em dez super-heróis alienígenas. “O licenciamento é fundamental para o setor de brinquedos. Até agosto desse ano, ele representou 48% de tudo que faturamos”.

Há ainda opções em linhas escolares. A Bic conta com uma turma numerosa para agradar a meninada estudiosa no dia da Criança – Speedy Racer, Barbie, Hot Wheels, High School Musical e Menininhas estampam lapiseiras, canetas , lápis de cor e tubos de cola.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Licenciamento (Abral), Sebastião Bonfá, existem no País cerca de 450 licenças disponíveis, com média aproximada de royalties de 6%. “Neste ano o faturamento deverá alcançar R$ 3,2 bilhões de reais, com royalties médio de 10%.”