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SP tem as melhores rodovias do país

Guarulhos, 08 de novembro de 2007

Dezoito das vinte melhores rodovias do país estão no Estado, revela pesquisa divulgada na quarta-feira, 7, pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes). A pesquisa também apontou que 15 rodovias qualificadas como “ótimas” pela Pesquisa Rodoviária 2007 são paulistas.

A pesquisa avaliou o estado geral de conservação, as condições do pavimento, sinalização e geometria de 109 trechos rodoviários de todo o país, totalizando 87.592 quilômetros. A qualidade da infra-estrutura rodoviária paulista é uma exceção no país – 73,9% da malha brasileira avaliada apresenta algum tipo de deficiência. Nenhum trecho paulista está em condição ruim ou péssima. Todos os trechos de rodovias concedidas pesquisados são considerados ótimos ou bons.

Os dados indicam que 76,4% da sinalização e 71% da pavimentação das rodovias paulistas foram avaliadas como ótimas. As equipes da confederação percorreram 8.032 quilômetros de rodovias no Estado e concluíram que 49,4% de seu estado geral é “ótimo”.

“Nas pesquisas anteriores as rodovias de São Paulo estavam bem situadas. Agora há uma classificação e, entre as quinze ótimas, as quinze são de São Paulo. É um reconhecimento ao trabalho que o Governo do Estado vem fazendo”, disse o secretário dos Transportes Mauro Arce na noite desta quarta-feira, 7.

A melhor rodovia do país de acordo com a CNT é o trecho da Washington Luiz (SP-310) entre Limeira e São José do Rio Preto, com nota 99,9. A rodovia parte da Anhangüera e passa por importantes núcleos urbano-industriais como Rio Claro, São Carlos, Araraquara e Catanduva. O trecho de 290 quilômetros atravessa o pólo tecnológico de São Carlos, um centro de pesquisa destinado à engenharia, física e química por intermédio da UFScar e da USP.

Concessões – Os resultados apontaram que o modelo de concessões adotado pelo estado de São Paulo em 1998 traz benefícios até mesmo para rodovias que não são pedagiadas. Duas das 10 melhores rodovias são administradas diretamente pelo Estado: os trechos entre Engenheiro Miller e Jupiá e Campinas e Jacareí.

A primeira recebe recursos indiretamente do modelo através do DER (Departamento de Estradas e Rodagem). O departamento recebeu em nove anos R$ 2,2 bilhões somente através de repasses liberados pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). A segunda recebe aportes financeiros diretamente da administração estadual.

O Programa de Concessões alavancou recursos da ordem de R$ 16,3 bilhões até setembro deste ano. Desse total, R$ 8,2 bilhões foram investidos em obras de ampliação e duplicação de 675 km de estradas; 130 km de novas rodovias; obras de recapeamento e construção de faixas adicionais, viadutos e mais de cem passarelas em 3,5 mil km de rodovias concedidas.

Uma pesquisa anual de satisfação da Artesp indica que 94,6% dos usuários consultados estão satisfeitos com as concessões paulistas e 89% consideram a iniciativa privada a melhor opção para administrar as rodovias.
O diretor da seção de cargas da Confederação Nacional dos Transportes, Flávio Benatti, comentou que “é impossível negar que há grande melhoria nas rodovias que passam pela concessão. Este modelo é um modelo vitorioso”. Segundo ele, o trabalho desenvolvido na Rodovia dos Bandeirantes é exemplar. “Ela se enquadra realmente em todos os padrões técnicos que temos no país”, acrescenta.