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Governo de vassoura na mão. Para

Guarulhos, 06 de novembro de 2007

A relação comercial entre dois dos maiores produtores de laranja do mundo, São Paulo e Flórida, será intensificada. Desta vez, porém, com foco na transferência de tecnologia para produção de etanol dos brasileiros para os americanos. Essa é uma das medidas definidas no termo de cooperação assinado pelo governador em exercício de São Paulo, Alberto Goldman e o governador da Flórida, o republicano Charlie Crist, nesta segunda-feira, 5, no Palácio dos Bandeirantes.

O documento prevê também a interação com troca de informações nas áreas de segurança pública, desenvolvimento sustentável e ações para o fortalecimento do comércio e investimento entre os dois estados.

“Nós assinamos um protocolo que estabelece um aprofundamento de relações numa série de áreas. Especificamente na questão dos bicombutíveis, pretendemos fazer uma troca de experiências tecnológicas quanto ao aproveitamento e melhoria na cana de açúcar para produção do etanol”, resumiu o governador paulista.

Do lado americano, Charlie Crist defendeu o fortalecimento das relações entre os dois estados e investimentos, sobretudo, em pesquisas. “Estamos dispostos a intensificar nossos contatos nas mais distintas áreas e a receptividade que tivemos aqui fortalece a nossa intenção”, frisou Crist.

O secretário estadual do Meio Ambiente, Francisco Graziano, também presente no encontro, formalizou convite para que a Flórida entre para o rol de estados no mundo que incentivam políticas de desenvolvimento sustentável. “O apoio dos americanos dá mais força a nossa rede”, comentou Graziano.

Dados – Os números da secretaria de Agricultura e Abastecimento explicam porque os paulistas lideram o ranking da produção mundial de laranja. Somente o suco da fruta representou mais de 90% dos US$ 1,57 bilhão comercializados em 2006 pela cadeia produtiva paulista. Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), a previsão da safra agrícola 2006/2007 aponta crescimento de 2% na área, alcançando 672,79 mil hectares e a produção deve chegar a 352,1 milhões de caixas, praticamente o mesmo volume da safra passada, diferença de 1%.

A laranja é o terceiro principal produto (cana e carne bovina precedem) no ranking do valor da produção paulista de 2006, seguindo a tendência dos anos anteriores. Rendeu R$ 2,214 bilhões, participação do produto no valor da produção total de 6,71%. O preço médio da laranja para indústria subiu 8,69% e a produção teve crescimento de 7,21%.