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Caça aos temporários

Guarulhos, 10 de setembro de 2007

Começaram as contratações de empregados temporários para o final do ano. Por enquanto, a movimentação acontece na indústria– principalmente nos segmentos ligados à produção de artigos natalinos, alimentos e brinquedos – e no setor de serviços, especialmente nas áreas de logística, distribuição e promoções. Embora não existam números oficiais sobre as vagas criadas nos últimos meses do ano, estima-se que cheguem a um milhão

A expectativa é das empresas de recolocação profissional, já que os temporários não entram no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do País. Somente a Manpower, especializada em recursos humanos, tinha 759 vagas disponíveis no Brasil até o último dia 31, sendo 244 na cidade de São Paulo. A maioria delas está nas áreas de logística e distribuição. São vagas como as de auxiliares de armazém, auxiliares administrativos, operadores de empilhadeira, separadores de mercadoria, ajudantes de produção, inspetores de produtos acabados e conferentes.

“De janeiro a julho, 80% dos empregos temporários disponíveis são na indústria e 20%, no comércio. Entre julho e setembro, o processo começa a se inverter e, a partir de outubro, 80% das vagas concentram-se no comércio”, explica o diretor-geral da Manpower, Augusto Costa. Para ele, a oferta desses serviços é uma grande oportunidade para os desempregados voltarem ao mercado. “As exigências são sempre menores, não há tempo de fazer um processo de seleção minucioso e, caso a pessoa se destaque, pode permanecer no emprego depois”, diz.

Pesquisa da Manpower e de outras empresas de recolocação mostra que 11% dos temporários têm mais de 40 anos e 6%, mais de 45 anos. Outros 35% têm entre 18 e 24 anos. “Não há discriminação de idade. Nessa ocasião, os mais velhos podem voltar a trabalhar e os mais novos terão a chance de conquistar o primeiro emprego”. O mesmo levantamento indica que 30% dos contratados como temporários entre janeiro e setembro são efetivados. Nos últimos três meses do ano, como existem muitas vagas, o percentual de efetivados cai para menos de 10%.

Na disputa – Para quem quiser se candidatar a alguma vaga, a consultora de recursos humanos da Catho, Glaúcia Costa dos Santos, recomenda distribuir o currículo entre amigos e também ir diretamente às empresas empregadoras. “Não adianta procurar as agências de emprego porque os processos seletivos para temporários são muito rápidos. Na maioria dos casos, as contratações são feitas por meio de indicações”, afirma. No site da Catho, por exemplo, existiam 222 mil vagas no final de agosto, mas quase nenhuma para cargo temporário.