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Brasil é o 4º país que mais vende computador

Guarulhos, 06 de setembro de 2007

O crescimento excepcional no consumo de computadores neste segundo trimestre, principalmente de notebooks, elevaram o Brasil da sétima posição no ranking mundial de vendas desses equipamentos para a quarta colocação, segundo constatação da IDC Brasil. O crescimento de quase 20%, graças às vendas de 2,1 milhões de desktops e notebooks no país entre abril e junho, surpreendeu o mercado global

Reinaldo Sakis, analista sênior da consultoria, explicou que, em volume e alta concentração de vendas de desktops no primeiro trimestre deste ano (1.721.586 unidades), o Brasil já ocupou um honroso terceiro lugar no ranking, mas na soma com as vendas de notebooks (227.599 unidades) o país foi para a sétima posição. “O que já indicou um avanço significativo, uma vez que de 2004 a 2006 permanecemos em oitavo lugar no ranking mundial.”

Já neste segundo trimestre, as vendas de notebooks superaram as expectativas. Foram vendidas no total 300.481 unidades destes equipamentos no período. O interessante é que os preços analisados entre abril e junho, e que vinham caíndo muito desde 2006, se mantiveram quase no mesmo patamar verificado nos três primeiros meses de 2007.

“O que mudou e impulsionou o consumo de notebooks no mercado brasileiro”, explicou Sakis. “Foi a redução nos juros das parcelas e o aumento nos prazos de pagamento que fortaleceram as vendas de produtos, tecnicamente mais completos e conseqentemente mais caros”. Vale destacar que o varejo ainda é o principal canal de comercialização de notebooks.

Não tão surpreendentes, mas ainda dominantes foram as vendas de desktops no segundo trimestre: 1.864.920 unidades. A IDC esclarece que esta concentração não é uma questão de preferência, mas apenas um claro reflexo da condição econômica dos consumidores, que pelo mesmo valor podem comprar um desktop mais “poderoso”. Para Sakis, o que estamos vendo hoje é resultado de uma maior consciência das vantagens que o equipamento portátil pode trazer quanto a espaço e a possibilidade de transporte, entre outros valores, além do custo de aquisição.

De acordo com o histórico dos estudos das IDC, enquanto em 2004 estávamos em oitavo lugar no ranking mundial com a vendas de desktops, em notebooks ficamos em 33º lugar; em 2005 pulamos para quinto lugar em desktops, porém em notebooks a posição do Brasil caiu para a 34ª.

Em 2006 o Brasil já pulou para o terceiro lugar nas vendas de desktops, e no quesito notebooks, que já apresentou um expressivo aumento nas vendas, subiu para o 25º posto; no primeiro trimestre de 2007 a aquisição de desktops caiu e o país baixou para a quarta posição, mas e explosão nas vendas de notebooks alçou para a 17ª colocação; e, finalmente, no segundo trimestre deste ano as vendas excepcionais dos equipamentos nos rendeu o terceiro lugar na comercialização mundial de desktops e o 15º em notebooks.

As estimativas da IDC apontam para vendas de aproximadamente 9 milhões de computadores no Brasil em 2007. “Este crescimento de 25% em relação às vendas do ano passado não deverá alterar a nossa posição no ranking mundial, uma vez que os mercados nas primeiras posições são Japão, China e EUA, muito maiores que o nosso. Mesmo nas previsões mais otimistas é muito difícil pensar em igualar ou até passar os outros países, pois enquanto o Brasil vende 2,1 milhões, o Japão vendeu 3,1 milhões num trimestre considerado fraco, e os resultados da China e dos Estados Unidos foram, respectivamente, de quase de 7 milhões e 16 milhões no mesmo período”, concluiu o analista.