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Varejo: agosto começa bem

Guarulhos, 20 de agosto de 2007

O movimento do varejo paulistano subiu 5,5% na primeira quinzena de agosto, impulsionado pelas vendas no Dia dos Pais

No período, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), termômetro das vendas a prazo, cresceu 5,6% em relação ao ano passado. Na mesma comparação, o UseCheque, que mede as vendas à vista, subiu 5,4%. Os números foram divulgados pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Para o presidente da entidade, Alencar Burti, houve uma queda na aceleração do crescimento nos três últimos dias. Segundo ele, o chamado “efeito calendário”, comum após datas comemorativas, é o principal motivo. “Esperamos que, em condições normais, ocorra uma recuperação do crescimento no final do mês”, disse. Até 12 de maio, o crescimento do varejo tinha sido de 6%.

O superintendente geral das Lojas Cem, Valdemir Colleone, afirmou que as vendas cresceram 7% no Dia dos Pais, mas já caíram. “É normal que o desempenho tenha queda após o Dia dos Pais, já que a data é muito forte para nós. Com o Dia das Mães, Natal e dos Namorados também é assim”, comentou. Já o gerente da loja Fredy do Shopping D, na zona norte da capital, Luis Carlos Corrêa, ainda lucra com as vendas do período, que cresceram 25% em relação ao ano passado.

“Muitos consumidores ainda estão trocando os presentes. Geralmente, essa troca é feita por um produto de maior custo, e as pessoas pagam a diferença”. Enquanto isso, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) apurou aumento de 8,5% nas vendas em comparação com a mesma data no ano anterior.

Inadimplência – O estudo mostra ainda que aumentou a inadimplência no período. De acordo com o economista da ACSP Emílio Alfieri, o número de registros recebidos, ou seja, de novos inadimplentes somados ao sistema de proteção ao crédito, teve crescimento de 7,8% em relação à primeira quinzena de agosto de 2006.

Na mesma comparação, o número de registros cancelados (pessoas que deixaram de ser inadimplentes) cresceu menos: 3,3%. “Esse cenário ainda é reflexo do período do Dia das Mães, quando o consumidor comprou eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos em várias parcelas”, comentou Alfieri. Segundo ele, até o final do mês a inadimplência deverá se estabilizar, e a expectativa é de que as vendas subam em torno de 6%.