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Pequenos dominam o setor de roupas e artigos de bebês

Guarulhos, 27 de junho de 2007

Os bebês são o encanto das mães e fonte de lucro para indústria e comércio

Estimativas do setor apontam que a moda infantil passou a ser responsável por 20% de tudo do que é produzido pelas confecções brasileiras, o que representa hoje aproximadamente R$ 1 bilhão. O setor é dominado principalmente por micros e pequenas empresas.

E é de olho no potencial desse mercado que os expositores da Feira Internacional do Setor Infanto-Juvenil/Teen esperam faturar entre R$ 100 milhões e R$ 130 milhões. O evento será realizado de hoje até sexta-feira no pavilhão vermelho do Expo Center Norte.

Segundo o diretor da Interfeiras Eventos – empresa organizadora – Humberto Rebonato, o faturamento deve continuar aumentando nos próximos três meses, com o fecha-mento de negócios posteriores ao evento. Dos 180 expositores da FIT, 30% são empresas que fabricam para crianças de zero a dois anos.

O mercado de artigos para bebês – crianças de zero a seis meses – é o mais promissor, segundo o promotor do evento trimestral Feira da Pechincha do Bebê e da Criança, Célio Corradini. Das 20 mil empresas do segmento, 80% produzem artigos voltados para os pequenos dessa faixa-etária.

É o caso da proprietária do Outlet Marcas Famosas, Giancarla Distler, que vende peças para crianças de zero a 16 anos. “O faturamento maior, 70%, vem das peças para bebês.”

Já a proprietária da Bebê Alegre, Sueli Namba, reforça que, a cada mês que a criança completa, ela exige produtos diferentes. “O bico da chupeta tem de ser mudado. Depois, é a vez do mordedor, quando aparecem os dentinhos. Esses são só alguns exemplos. Os pais são obrigados a gastar.”

Efeito China – O principal entrave para quem está no ramo é a concorrência com os produtos da China, segundo a proprietária da grife Sweet Memory, Melissa Engelmann. Mesmo assim, ela teve alta no faturamento de 8% entre janeiro e abril deste ano, se comparado com o mesmo período de 2006. A empresa existe há três anos. Começou com dois funcionários. Hoje, são dez.

A Cecília Bordados está no mercado há 40 anos. Os produtos chamam a atenção pelos trabalhos feitos à mão. “As peças continuam agradando. O maior problema hoje é a forte concorrência. Na década de 1980, vendia 1,2 mil peças por semana. Hoje, essa é a soma comercializada em dois meses”, diz a proprietária da marca, Cecília de Souza Nunes. Apesar das dificuldades, ela espera aumentar o faturamento em 10% no primeiro semestre de 2007 em relação aos primeiros seis meses do ano passado.

Consumo – O empresário Adriano Ambrosino e a arquiteta Aline Ambrosino, pais de Felipe, adoram fazer compras para o pequeno – e não economizam. São consumidores como eles que fazem a alegria do setor infantil. “Sei que o Felipe perde roupa com muita facilidade. Mas quando vejo uma peça bonita, não consigo deixar de levar”, admite Aline.