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Alimentos forçam alta de inflação

Guarulhos, 12 de junho de 2007

Com os alimentos mais caros, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) voltou a subir após três semanas em baixa e registrou alta 0,39% na primeira semana de junho, ante 0,25% na semana anterior

Para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou ontem o índice, os preços dos alimentos devem continuar pressionando para cima o medidor de inflação.

André Braz, economista da fundação, informou que houve altas de preços tanto nos alimentos in natura como nos processados. Para ele, o movimento de aumento de preços está bem espalhado pelo setor de alimentação. “Houve uma inversão de trajetória nos preços dos alimentos, que até há pouco tempo estavam com queda de preço, contribuindo para a redução do IPC-S”, afirmou.

Entre os destaques está a aceleração de preços em leite tipo longa vida (de 8,29% para 10,02%). Ele explicou que o preço do produto vem aumentando há algum tempo, pressionado por aumento na demanda no mercado interno, e elevação nas exportações brasileiras de leite em pó – o que reduz a oferta no mercado brasileiro. Além disso, também houve aumentos expressivos em artigos panificados e biscoitos (de 0,55% para 0,74%); o fim da deflação de preços em hortaliças e legumes (de -3,3% para 0,24%); e queda mais fraca de preços em frutas (de – 3,58% para -2,09%).

Para o próximo resultado do índice, Braz espera uma taxa bem próxima à divulgada ontem. Isso porque, para a próxima quadrissemana, o indicador sofrerá influências tanto de alta quanto de quedas de preços. “E as pressões para cima e para baixo serão bem parecidas, em força e em magnitude”, disse, observando que isso pode conduzir a uma taxa mais equilibrada. (AE)