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Metrô demite funcionários por sabotagem durante paralisação

Guarulhos, 25 de abril de 2007

O Metrô de São Paulo demitiu cinco funcionários acusados de prática de sabotagem durante paralisação da categoria, nesta segunda-feira, 24, contra uma possível queda do veto presidencial contra a Emenda 3. A informação foi confirmada nesta segunda pela assessoria de imprensa do Sindicato dos Metroviários, que, no entanto, não soube dizer se a dispensa foi ou não por justa-causa nem os nomes dos cinco demitidos.

Um deles, no entanto, conforme a assessoria, é Paulo Roberto Pasin, vice-presidente do sindicato. Ele foi acusado pelo Metrô de ter desligado a energia na Estação Sé.

As informações dão conta de que outros dois sindicalistas, cujos nomes ainda não são conhecidos, teriam entrado nos túneis, obrigando um operador a pedir o corte de energia. Segundo ainda o Metrô, outros dois sindicalistas teriam entrado na cabine de um trem, impedindo o operador de conduzi-lo.

O Metrô registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia da Barra Funda e vai entrar com pedido de abertura de inquérito no Ministério Público Federal para apurar a ocorrência de crime de desobediência.

Para o Metrô, os sindicalistas teriam praticado as sabotagens devido à baixa adesão da categoria ao movimento. Tanto é que a paralisação, que deveria acontecer das 4h30 às 6h30, foi encerrada 30 minutos antes – por volta das 6 horas – exatamente por esse motivo.

Já o sindicato alega que o protesto terminou mais cedo devido a um acordo firmado com a empresa. Representantes da CUT, Força Sindical e outras entidades, entre elas o próprio Sindicato dos Metroviárias, se reuniram hoje em São Paulo, para avaliar as demissões e as acusações de sabotagem. A assessoria de imprensa do Sindicato dos Metroviários não divulgou o local do encontro.