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Terminais de consulta: obrigação e oportunidade

Guarulhos, 19 de abril de 2007

Decreto regulamenta obrigatoriedade dos leitores de código de barras e acelera esse mercado; equipamentos mais sofisticados funcionam também como canal de promoções e vendas.

Após a publicação do decreto 5906, de 20 de setembro de 2006, a Gertec registrou um aumento de 20% na base de leitores de código de barras, considerando apenas os 10 mil terminais voltados ao auto-atendimento.

A legislação regulamenta a Lei 10962, de 11/10/2004, que estabelece que o consumidor deve ter expostas todas as informações sobre o produto. “O decreto especifica que, quando se usa código de barras, não basta ter o preço na gôndola; tem que haver o equipamento de consulta, em um raio de 15 metros entre o produto e o terminal”, descreve Marcelo Eiji Teramae, gerente de negócios da unidade de varejo da Gertec.

O executivo lembra que o decreto estabelecia a data de 20/12/2006 como prazo para atender à legislação, com multas entre 200 e 3 mil UFIRs. “Em outubro (após a publicação do decreto), aumentou um pouco o volume (de terminais instalados). Em novembro, cresceu mais um pouco. O boom foi em dezembro e janeiro, quando começou a fiscalização.”

Entre os pontos básicos, Teramae conta que muitos comerciantes ainda têm dúvidas sobre a quantidade e a localização dos terminais. “A lei não estabelece um equipamento a cada 15 metros, mas em um raio de 15 metros. As lojas terão que ver a disposição para utilizar melhor os terminais, que têm que ser acessíveis e indicados”.

Ferramenta de marketing – Mais do que prestar um serviço ao consumidor e atender à legislação, os terminais de consulta podem ser um diferencial para a loja. Essa diferença de funcionalidades, naturalmente, se reflete nos preços. Dentro da linha da Gertec, o Busca Preço, com tela de caracteres, que informa apenas nome e preço do produto sai por R$ 1,2 mil, enquanto no topo da família, o TC 504, fica em R$ 5 mil.

“Nas livrarias Cultura e La Selva (com o TC 504), quando o terminal lê o código de barras, aparece a imagem do produto, a ficha técnica e outras sugestões de consumo”, diz Teramae. “Esse tipo de aplicação maximiza o investimento.”

Além da apresentação de Teramae, voltada a aplicações de linha de frente, outro executivo da Gertec, Maurício Ramos Cabrera, coordenador de engenharia, participou do congresso da Autocom, com palestra sobre integração de terminais de consulta com bancos de dados. “Os equipamentos podem exibir diversas informações dos cadastros de produtos. Com interfaces padronizadas (entre os terminais e o banco de dados), os desenvolvedores e integradores podem criar as aplicações de maior apelo em cada negócio”.