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AGENDE defende expansão do Aeroporto de Cumbica como solução para a crise aeroportuária

Guarulhos, 05 de março de 2007

Terceira Pista pode desafogar o sistema aeroportuário pelos próximos 20 anos

Assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) é indispensável para regularizar situação do Aeroporto e para trazer compensações à cidade

A imprensa, nas últimas semanas, esteve repleta de matérias, opiniões e estudos a respeito da situação dos aeroportos brasileiros, em especial os de São Paulo, ora provocados pela crise do sistema, ora pelo anúncio do PAC por parte do Governo Federal, e das verbas que estariam sendo destinadas à modernização e aumento de capacidade dos aeroportos.

Na esteira desta discussão, não faltaram dados sobre o forte crescimento anual do movimento de carga e de passageiros, bem como os estudos realizados pelo ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica – quanto à perspectiva de colapso que se avizinha e que só poderá ser minimizado por investimentos volumosos e bem aplicados, em especial nos aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Viracopos, entre os quais se destaca a necessidade de construção da Terceira Pista em Guarulhos, condição vital para a máxima utilização do já anunciado Terceiro Terminal de Passageiros, previsto no PAC, o que possibilitaria a plena expansão futura do Aeroporto.

O debate provocou a manifestação de diversas autoridades do assunto, inclusive algumas tentativas do Governo Federal de justificar a não inclusão da Terceira Pista para o Aeroporto de Cumbica como obra prevista para ser realizada com os recursos oriundos do PAC. Esta justificativa, que partiu da Presidência da Infraero, dá conta de que a construção da Terceira Pista esbarraria na dificuldade de se executar esta obra sem contrariar normas de preservação ambiental impostas pela proximidade da área da ZPA da Cantareira, além do fato da área estar ocupada por mais de 5 mil famílias.

A AGENDE – Agência de Desenvolvimento de Guarulhos – tem como uma de suas bandeiras, desde a sua constituição em 1999, a defesa da maximização do potencial do Aeroporto de Cumbica, porque entende ser esta a maneira mais viável de se produzir desenvolvimento sustentável para a região do Entorno do Aeroporto, bem como trazer à cidade os benefícios que podem advir do fato de abrigar o maior aeroporto internacional do hemisfério sul.  A instituição entende que a cidade e seus cidadãos devem procurar interpretar o aeroporto como um patrimônio seu e não apenas como barreira urbana, batalhando para que os benefícios como geração de emprego, renda e investimentos superem os problemas gerados pelo ruído e outras conseqüências originárias do funcionamento do aeroporto, conseqüências estas para os quais a modernidade e a tecnologia oferecem soluções a partir da correta aplicação de recursos. Além disso, defende que as questões ambientais e sociais devam fazer parte permanente das discussões dos projetos e investimentos de expansão do Aeroporto e de seu entorno.  

Por estas razões, e por entendermos que não existe investimento governamental mais apropriado do que aquele que promove desenvolvimento econômico atrelado ao desenvolvimento social, conclamamos toda a sociedade civil guarulhense a se manifestar quanto à necessidade de inclusão da obra da Terceira Pista entre as prioridades do PAC para o desenvolvimento aeroportuário, transformando as dificuldades apontadas em oportunidade de oferecer melhor qualidade de vida àquelas cinco mil famílias e aprofundando o debate sobre as questões ambientais que envolvem a região, o que também contribuirá decisivamente para a melhoria do sistema aeroportuário do Brasil,  já que estamos tratando do maior aeroporto do país e que, com sua capacidade maximizada, chegará a atender 50 milhões de passageiros por ano.

Convocamos a todos também, a manifestar a indignação da nossa sociedade ao fato de até hoje não ter havido a assinatura por parte dos órgãos competentes, do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que permita que a cidade seja ressarcida pelos prejuízos ambientais, viários e sociais causados pela implantação original do Aeroporto, e regularize assim o seu licenciamento urbano.

Celso Masson
Presidente da AGENDE