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Caixa paga diferenças do FGTS

Guarulhos, 12 de julho de 2005

Pagamento será feito em balcões das agências da Caixa ou por meio de crédito em conta corrente
 
A Caixa Econômica Federal paga a partir de hoje mais uma parcela das diferenças do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), relativas aos planos econômicos Verão e Collor I. No total, serão injetados na economia R$ 935 milhões por meio de 700.163 contas do fundo.

O pagamento será feito para os trabalhadores que firmaram termo de adesão e têm direito a receber valores superiores a  R$ 5 mil. Quem tem direito a valores entre R$ 5 mil a R$ 8 mil em diferenças recebe hoje a quinta de um total de sete parcelas semestrais – a última deverá ser depositada em julho de 2006. Para diferenças superiores a R$ 8 mil, a Caixa deposita a quarta de sete parcelas semestrais e o fim dos pagamento, nesse caso, será em janeiro de 2007.

O pagamento vai seguir o que foi escolhido pelo trabalhador na época da assinatura do termo de adesão ao acordo: no balcão das agências ou por meio de crédito em conta corrente.

Só poderão sacar o dinheiro os trabalhadores que se enquadrarem nas regras de saque do FGTS (demissão sem justa causa, aposentadoria ou compra do primeiro imóvel). Para os demais, o dinheiro ficará depositado na conta do fundo até que o trabalhador possa movimentá-la.

A Caixa recebeu 32,1 milhões de termos de adesão. Até agora, haviam sido pagos R$ 24,8 bilhões. Outros R$ 5,2 bilhões já foram creditados para trabalhadores que não sacaram o dinheiro. O pagamento das diferenças começou em 10 de agosto de 2002, priorizando trabalhadores com direito de receber até R$ 100 em créditos complementares do FGTS e pessoas com mais de 70 anos, independentemente do volume a receber.

Os pagamentos das diferenças estão sendo feitos na seguinte ordem: para quem tinha até R$ 2 mil, o pagamento foi feito em duas parcelas semestrais, com início em janeiro de 2003;de R$ 2 mil a R$ 5 mil, em cinco parcelas semestrais, com início em janeiro de 2003; de R$ 5 mil a R$ 8 mil, em sete parcelas semestrais, a partir de julho de 2003; e acima do valor de R$ 8 mil, em sete parcelas semestrais, com início em janeiro de 2004.

Impacto – O dinheiro extra na economia poderá servir para ajudar a desaguar os estoques de produtos de inverno, que, com a temperatura mais baixa, voltam a se tornar objetos de desejo dos consumidores. De acordo com o economista da Associação Comercial de São Paulo Emílio Alfieri o pagamento das diferenças também poderá ter um impacto positivo sobre os indicadores de inadimplência, que voltaram a avançar neste ano.

Para o comércio, ele diz que o impacto tende a ser pequeno, pois os R$ 935 milhões representam pouco mais de 1% do consumo privado médio no País ao mês, de R$ 84 bilhões.

Adriana Gavaça