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Consumidor fica menos otimista

Guarulhos, 01 de abril de 2005

O consumidor brasileiro está menos otimista do que no final de 2004 por acreditar que o desemprego deve voltar a crescer, com o ritmo mais lento da economia. É o que constatou o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), elaborado trimestralmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Quando mais alto o Inec, melhor a expectativa dos consumidores.

O índice do primeiro trimestre deste ano, divulgado nesta quinta-feira, 31, caiu 2,2% em relação a dezembro de 2004.

A CNI ressalvou que o percentual ainda é 1,2% superior ao do primeiro trimestre do ano passado e atingiu o valor mais alto para o período de início de ano, desde que a pesquisa começou a ser feita, em 1996. O que determinou a queda em relação ao trimestre anterior foi a forte deterioração na expectativa quanto à evolução do desemprego em geral na economia. Esse indicador caiu 8,9% em relação ao final do ano passado.

Paradoxo – De forma paradoxal, melhorou o indicador referente ao medo do desemprego, ou seja, o temor que as pessoas têm de ser despedidas. Esse índice, que é focado na situação pessoal dos entrevistados, subiu 2,4% em relação ao último trimestre de 2004.

“O consumidor parece acreditar que a economia está entrando num ritmo mais lento que o esperado, o que certamente terá impacto nas contratações e, conseqüentemente, no desemprego”, diz nota da CNI. “Por outro lado, o consumidor não espera uma ruptura, uma reversão dos bons resultados obtidos em 2004, de forma que a segurança no emprego mantém-se elevada.”

Consumo – O Inec indica ainda uma tendência de acomodação do consumo. Em relação ao fim de 2004, a intenção de compra dos consumidores caiu 1,5%. Essa tendência reflete as expectativas das pessoas quanto à evolução da sua renda pessoal, que se mantiveram estáveis sobre trimestre anterior.

Para a CNI, esse “é um fator que preocupa, uma vez que se espera que a retomada do consumo interno seja um dos mais importantes motores para o crescimento da economia este ano”.