Notícias

Certificação: mais segurança na Internet

Guarulhos, 07 de março de 2005

Segurança e geração de novos negócios são as principais vantagens que as empresas terão com a massificação do uso da certificação digital, uma identidade eletrônica para o reconhecimento de uma pessoa, empresa ou instituição na internet. A comodidade é outro fator que seduz: de forma rápida e com o amparo legal necessário para dar confiabilidade ao processo, os empresários poderão utilizar diretamente a rede para a concretização de operações bancárias.

Com a certificação digital, a troca de informações é feita com dados criptografados e só os computadores que têm o certificado e estão envolvidos na transação conseguem decodificá-los. As transações entre os bancos e o Banco Central já são feitas com a certificação e movimentam cerca de R$ 10 bilhões por dia.

A certificação digital para empresas no acesso ao internet banking já é oferecida por alguns bancos por meio de sistema próprio. É o caso do Unibanco, do Bradesco, do Real e, recentemente, da Nossa Caixa. O Banco do Brasil oferece a tecnologia como teste piloto para alguns de seus clientes, e, assim como a Caixa Econômica Federal, deverá disponibilizá-la aos seus clientes pessoa jurídica em breve.

“Apenas a assinatura eletrônica era pouco para garantir a segurança que acreditamos ser o ideal pelo volume movimentado pelas empresas em operações pela internet”, disse o gerente da divisão de segurança de tecnologia da informação da Nossa Caixa, José Waldir Pacheco de Carvalho.

Massificação ” Mas esse sistema de certificação digital, próprio de cada banco, apesar de garantir maior segurança às transações, não permite ainda a geração de negócios, como operações de câmbio ou de seguros, pela rede.

No início deste ano, a Febraban assinou, em parceria com a Receita Federal e o Instituto de Tecnologia da Informação (ITI), um protocolo para a utilização da certificação digital na assinatura de documentos eletrônicos e transações bancárias, dando preferência para o mais alto nível de segurança, que é o padrão e-CPF e e-CNPJ (versão eletrônica destes documentos). Na prática, eles terão validade em todos os lugares que operarem com a certificação digital, sem a necessidade de que a pessoa ou empresa se cadastre isoladamente em cada sistema próprio dos bancos.

“Além da segurança, o uso do e-CPF e e-CNPJ trará a geração de negócios. O processo é reconhecido judicialmente. A lei entende que quem fez a operação é realmente o cliente, como acontece com uma assinatura comum”, diz o gerente da divisão da unidade de gestão de segurança do Banco do Brasil, José Eduardo Moreira Bergo.

Vanessa Jaguski