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Consumidor quer embalagens menores

Guarulhos, 23 de fevereiro de 2005

Estudo realizado pela Associação Brasileira de Embalagem apontou as características mais valorizadas nas embalagens. Entre outras coisas, os consumidores querem embalagens cada vez menores, mais leves e com menos unidades.

A pesquisa, promovida em parceria com a APAS – Associação Paulista dos Supermercados, foi desenvolvida pela Enfoque Pesquisas de Marketing e apresentada pela especialista Zilda Knoploch, presidente da empresa.

De caráter qualitativo, o projeto, realizado entre 17 de setembro a 1º de dezembro de 2004, contou com a participação de 32 profissionais de empresas varejistas de São Paulo das áreas de Suprimentos/Logística, Operacional/Comercial e de Gerentes de Categoria/Marketing.

Durante este período, foram pesquisadas embalagens de transporte, para displays e primárias em 16 categorias dos segmentos de Alimentos, Bebidas, Cosméticos, Higiene e Limpeza Pessoal.

Este estudo foi o primeiro realizado pela Enfoque para a ABRE e uma importante constatação é que, em geral, o varejista está buscando eficiência e redução de custos, como todo empresário, e vê nas embalagens uma forma de otimizar sua logística e agregar valor para a comercialização. Há diferentes visões, de acordo com o porte dos estabelecimentos, o que certamente reflete na sua cultura de relacionamento com os fornecedores.

Mas, em geral, todos esperam que as embalagens de transporte, primárias ou displays tenham a qualidade necessária para facilitar toda a operação, desde o recebimento no estabelecimento, até a venda ao consumidor, através de vários atributos como: resistência, leveza, segurança, estabilidade, praticidade, facilidade no transporte e empilhamento, compactação e que evitam desperdícios.

Quanto aos consumidores, a pesquisa identificou que as embalagens primárias ou displays ideais, ou seja, aquelas que eles têm contato direto na gôndola do supermercado, precisam ser atraentes visualmente, transparentes, de fechamento seguro e práticas.

Para eles, estes são importantes fatores de estímulo ao consumo – compra programada ou por impulso -, além de agregarem valor aos produtos vendidos, constituindo, também, parâmetros de qualidade e preço para as marcas.

O estudo detectou a tendência de fracionamento, ou seja, expectativa de embalagens cada vez menores, mais leves e com menos unidades. Os resultados também apontam que deverão apresentar características que beneficiem todos os segmentos envolvidos na comercialização como:

– Mais praticidade para os consumidores;

– Agilidade e menor empate de capital para lojistas;

– Menor desperdício para os fabricantes;

– Espaço para diversificação e apresentação de novas marcas.

Seguindo esta linha, os pesquisadores acreditam que haverá uma padronização de procedimentos, ou seja, maior integração entre fornecedores e varejistas para melhor aproveitamento dos recursos, inclusive das embalagens.

Ao realizar projetos como este, o Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE pretende montar uma base de dados sobre o mercado de embalagens no Brasil e no mundo. Estas informações irão construir um posicionamento abrangente e multidisciplinar sobre os aspectos importantes da atividade da indústria, visando contribuir para o desenvolvimento e crescimento do setor.

Os resultados desta pesquisa serão apresentados, ainda, em todas as regionais da ABRE – Norte/Nordeste (Recife), Rio de Janeiro, Sul (Porto Alegre), Vale do Paraíba (São José dos Campos) e Centro-Oeste (Goiânia).