Consumidor quer embalagens menores
Estudo realizado pela Associação Brasileira de Embalagem apontou as características mais valorizadas nas embalagens. Entre outras coisas, os consumidores querem embalagens cada vez menores, mais leves e com menos unidades.
A pesquisa, promovida em parceria com a APAS – Associação Paulista dos Supermercados, foi desenvolvida pela Enfoque Pesquisas de Marketing e apresentada pela especialista Zilda Knoploch, presidente da empresa.
De caráter qualitativo, o projeto, realizado entre 17 de setembro a 1º de dezembro de 2004, contou com a participação de 32 profissionais de empresas varejistas de São Paulo das áreas de Suprimentos/Logística, Operacional/Comercial e de Gerentes de Categoria/Marketing.
Durante este período, foram pesquisadas embalagens de transporte, para displays e primárias em 16 categorias dos segmentos de Alimentos, Bebidas, Cosméticos, Higiene e Limpeza Pessoal.
Este estudo foi o primeiro realizado pela Enfoque para a ABRE e uma importante constatação é que, em geral, o varejista está buscando eficiência e redução de custos, como todo empresário, e vê nas embalagens uma forma de otimizar sua logística e agregar valor para a comercialização. Há diferentes visões, de acordo com o porte dos estabelecimentos, o que certamente reflete na sua cultura de relacionamento com os fornecedores.
Mas, em geral, todos esperam que as embalagens de transporte, primárias ou displays tenham a qualidade necessária para facilitar toda a operação, desde o recebimento no estabelecimento, até a venda ao consumidor, através de vários atributos como: resistência, leveza, segurança, estabilidade, praticidade, facilidade no transporte e empilhamento, compactação e que evitam desperdícios.
Quanto aos consumidores, a pesquisa identificou que as embalagens primárias ou displays ideais, ou seja, aquelas que eles têm contato direto na gôndola do supermercado, precisam ser atraentes visualmente, transparentes, de fechamento seguro e práticas.
Para eles, estes são importantes fatores de estímulo ao consumo – compra programada ou por impulso -, além de agregarem valor aos produtos vendidos, constituindo, também, parâmetros de qualidade e preço para as marcas.
O estudo detectou a tendência de fracionamento, ou seja, expectativa de embalagens cada vez menores, mais leves e com menos unidades. Os resultados também apontam que deverão apresentar características que beneficiem todos os segmentos envolvidos na comercialização como:
– Mais praticidade para os consumidores;
– Agilidade e menor empate de capital para lojistas;
– Menor desperdício para os fabricantes;
– Espaço para diversificação e apresentação de novas marcas.
Seguindo esta linha, os pesquisadores acreditam que haverá uma padronização de procedimentos, ou seja, maior integração entre fornecedores e varejistas para melhor aproveitamento dos recursos, inclusive das embalagens.
Ao realizar projetos como este, o Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE pretende montar uma base de dados sobre o mercado de embalagens no Brasil e no mundo. Estas informações irão construir um posicionamento abrangente e multidisciplinar sobre os aspectos importantes da atividade da indústria, visando contribuir para o desenvolvimento e crescimento do setor.
Os resultados desta pesquisa serão apresentados, ainda, em todas as regionais da ABRE – Norte/Nordeste (Recife), Rio de Janeiro, Sul (Porto Alegre), Vale do Paraíba (São José dos Campos) e Centro-Oeste (Goiânia).