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BM&F quer ser o “Poupatempo” das empresas exportadoras

Guarulhos, 15 de julho de 2004

A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e o governo de São Paulo mobilizaram os principais representantes das Câmaras de Comércio Internacionais para mostrar que no estado existe uma espécie de “Poupatempo” para as pequenas e médias empresas interessadas em exportar mas que ainda desconhecem a burocracia ou enfrentam duras dificuldades para concretizar as suas vendas no exterior.

O presidente do Conselho de Administração da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto, e o secretário de Ciência e Tecnologia Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meirelles, mostraram para câmaras de comércio, consideradas canais de comunicação com os parceiros do Brasil, como funciona a Central de Atendimento ao Exportador (CAE).

Cintra Neto explicou que o objetivo desse “call center” é auxiliar as pequenas e médias empresas que querem entrar no mercado internacional. “Com isso, esperamos agregar pelo menos dois novos exportadores por dia”, disse o presidente da BM&F .

Acesso – De acordo com ele, nos 11 meses de funcionamento do CAE, a média de consultas diárias por parte de empresas interessadas em fazer parte do grupo seleto de exportadores foi de cinco. “Esse número é altamente animador, o que mostra a eficiência do CAE”, disse. Dados apresentados por ele mostram que a maioria das consultas sobre os passos para exportar foi feita por empresas que atuam no setor eletroeletrônico, artesanato, equipamentos médico hospitalares e de alimentos.

“Esse é mais um instrumento que faz parte de uma engenharia muito maior, que engloba ainda o Centro de Logística de Exportação (Celex), que entrará em operação até o final do ano”, explicou Meirelles. Para o secretário de estado, as pequenas e médias empresas precisam, cada vez mais, se qualificarem para entrar no mercado externo, já que o grande limitador é ainda a certificação de qualidade.

Daí, acrescentou Meirelles, “a parceria com a BM&F é decisiva, porque permitirá as empresas contar com uma espécie de garantia de qualidade”. Tanto Cintra como o secretário lembraram que os exportadores de soja que enfrentaram recentemente problemas com a China teriam evitado constrangimentos se tivessem feito as suas vendas por meio de instituições que oferecem garantias de qualidade.

Entre janeiro e junho, as vendas externas do estado somaram US$ 14 bilhões, com crescimento de 38% em comparação com o mesmo período do ano passado. Na avaliação do secretário, nesse ritmo São Paulo poderá até exportar este ano US$ 30 bilhões, acima dos US$ 23 bilhões verificados no ano passado.