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Empresas devem ficar atentas aos erros de português nos e-mails

Guarulhos, 22 de março de 2004

Não há como negar que o e-mail veio para facilitar a vida de muitas pessoas e empresas. Trocar arquivos e enviar mensagens em tempo recorde é quase um alívio quando lembramos dos aparelhos de fax, telegramas ou correios. Em contrapartida, mandar e-mails virou alvo de atenção de muitas empresas com relação a um problema freqüente que muitas vezes passam despercebidos, ou não: os erros de ortografia e concordância.

Empresas investem no treinamento de pessoal

Como este veículo de comunicação eletrônica é utilizado, sobretudo, por grandes executivos, expor as deficiências de cada um através de mensagens 7sem concordância certamente pode ser fator decisivo com relação a uma promoção ou conclusão de um novo negócio.

Por este motivo é que empresas estão investindo em consultorias especializadas para auxiliarem seus funcionários na hora de redigir e-mails. Muitas vezes a pessoa está acostumada a tratar com clientes ao telefone, por exemplo, utilizando sempre um vocabulário informal e até mesmo falando gírias, o que não deve acontecer nos e-mails.

Neste sentido, aquele profissional que não está acostumado com o mundo virtual acaba escorregando feio nos erros de português, o que pode acabar revelando uma antiga dificuldade deste desde o período escolar.

Falta objetividade nas mensagens

Ao contrário que algumas pessoas pensam, erros de grafia, como escrever excesso com “ç” são encontrados com certa freqüência, mas a dificuldade principal pode ser atribuída à falta de objetividade das mensagens, que além disto são carregadas de muita formalidade.

É claro que ninguém vai sair por aí usando gírias nos e-mails, mas ao se tratar de um cliente antigo, por exemplo, manter muita distância pode inspirar descaso e aí sim cair na falta de objetividade. Desta forma, a orientação dos especialistas é de que estes profissionais elaborarem a mensagem de forma objetiva, ordenando os temas principais no início da mensagem, para depois desenvolver as prioridades através de parágrafos claros e breves.

Em alguns casos, buscando aprimorar o texto com um vocabulário mais técnico, o profissional acaba cometendo uma gafe e deixando dúvidas quanto ao objetivo principal da mensagem. Portanto, é melhor se limitar a um vocabulário que conheça bem através de termos coloquiais para facilitar o entendimento de quem irá ler o e-mail.

As empresas que mais apresentam problemas com relação ao envio de e-mails são as da área de tecnologia. Como este profissionais são formados em ciências exatas, geralmente apresentam dificuldades para escreverem de forma clara, excluindo os profissionais das áreas de atendimento ao cliente, que estão mais acostumados com a troca de mensagens. Em seguida estão os bancos e algumas montadoras.

Vale lembrar que a imagem da empresa está nas mãos destes profissionais, que vão desde a recepcionista do prédio ao diretor e presidente. Errar pode ser humano, mas persistir no erro não é nada aceitável para a imagem da empresa. Portanto, investir no treinamento dos profissionais da empresa é tarefa essencial na era virtual.

Paloma Brito