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Empresas já falam em repassar aumentos

Guarulhos, 20 de novembro de 2003

Cálculos feitos por empresas do setor de serviços, de diversos segmentos, confirmam que a nova legislação da Cofins aumentará sua carga fiscal. Em alguns casos, como o das agências de turismo, que quase não têm deduções a fazer, a alta da alíquota, de 3% para 7,6%, terá impacto praticamente integral. Em outros, como geração de energia e laboratórios de análises clínicas, a estimativa é que o desembolso com o tributo dobrará. Em segmentos como os de transporte aéreo e rodoviário, projeta-se aumento médio de 50% do imposto pago.

As empresas já falam em elevação de preços e em novos cortes de custos para compensar a ampliação da carga tributária. Antes disso, entretanto, tentarão reverter a medida. É grande a mobilização para incluir emendas na MP que modificou a Cofins, na tentativa de aliviar os efeitos da nova legislação.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Passageiros, Sérgio de Almeida Braga, projetou um acréscimo de 3% para 6,3% sobre a receita das companhias do setor.As agências de turismo sofrerão impacto praticamente integral da elevação da alíquota. “Não temos nada para deduzir”, diz Tasso Gadzanis, presidente da Associação das agências de viagem (Abav). Segundo ele, metade do lucro das agências será absorvido pelo aumento da Cofins.